Biden recebe Edmundo González na Casa Branca
Presidente eleito terá reuniões com alto escalão do governo americano para discutir soluções para a Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, se reuniram na Casa Branca, em Washington, nesta segunda, 6.
A quatro dias da posse do ditador Nicolás Maduro, os dois discutem soluções para o regime venezuelano.
Além disso, a oposição terá encontros com integrantes do alto escalão do governo americano.
Em nota, o grupo de oposição Comando Con Venezuela confirmou a reunião:
"Caminho para a liberdade. Nosso presidente eleito, Edmundo González, será recebido esta segunda-feira, 6 de janeiro, pelo presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, na Casa Branca. Viva a liberdade!"
Em sua "turnê", González reuniu-se com o presidente da Argentina, Javier Milei, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
A oposição quer reunir apoio para destituir Maduro do cargo.
No próximo 10, o ditador será empossado novamente.
Assad dos trópicos
Em análise para Crusoé, Duda Teixeira comparou a esperança do povo venezuelano pela normalidade democrática à queda do ditador Bashar Assad, na Síria, em dezembro.
Os dois regimes eram apoiados e financiados pela Rússia e pelo Irã.
Na Síria, os terroristas do Tahrir al-Sham (HTS) adentraram a capital Damasco sem qualquer resistência imposta pelos aliados da ditadura.
Maduro pode ter o mesmo fim de Assad.
Na Venezuela, porém, o regime conta com apoio de militares chavistas e da ditadura cubana.
Além disso, não enfrenta um grupo fortemente armado como é o HTS.
González faz pedido aos militares
No domingo, 5, Edmundo González fez um pedido aos militares venezuelanos.
"De acordo com a Constituição de 1999, promovida por Hugo Chávez Frías, em 10 de janeiro, pela vontade soberana do povo venezuelano, devo assumir o papel de comandante-em-chefe, com a responsabilidade de proteger nossas famílias e direcionar nossos esforços para um futuro de bem-estar e prosperidade para todos os venezuelanos", disse González em vídeo.
"Nossa Força Armada Nacional está chamada a ser garantia da soberania e do respeito à vontade popular", acrescentou. "É nosso dever atuar com honra, mérito e consciência, guiados pelos valores que nos unem como uma instituição fundamental da República."
Leia mais: "Maduro será o 'Assad dos trópicos'?"
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