Governo sírio prende general do regime de Assad
Mohamed Hassan é apontado como responsável por "inúmeras sentenças de morte” na prisão de Sednaya
O novo governo sírio prendeu o general Mohamed Kanjo Hassan durante um violento confronto na cidade de Khirbet al Mazah, em Tartus, nesta quinta-feira, 25.
As forças de segurança do Tahrir al-Sham (HTS) e aliados do ditador deposto Bashar Assad entraram em um embate que culminou na morte de 14 pessoas.
Hassan era um dos alvos da ação do HTS.
Ele é apontado como antigo chefe da justiça militar e membro do alto escalão do regime de Assad.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o general foi "responsável por inúmeras sentenças de morte” na prisão de Sednaya, em Damasco.
Entre os anos de 2011 a 2014, Mohamad Hassan teria assinado sentença de morte a "milhares de pessoas em julgamentos sumários", conforme indicou a Associação de Pessoas Detidas e Desaparecidas da Prisão de Sednaya.
A atuação de Hassan intensificou-se nos três primeiros anos da guerra decorrente dos protestos inspirados na Primavera Árabe.
Sednaya ficou marcada como um símbolo da opressão das violações de direitos humanos de Assad, principalmente na guerra civil de 2016, quando apoiado pelo ditador russo Vladimir Putin.
Prisão de Sednaya
Nos primeiros dias após a deposição de Assad, milhares de sírios estiveram na prisão de Sednaya, nos arredores de Damasco, à procura de familiares presos.
Nas redes sociais, as fortes imagens mostraram como o complexo prisional tornou-se um dos símbolos das inúmeras violações de direitos humanos do regime de Assad.
Os registros de corpos amontoados, parcialmente contaminados por ácidos químicos, reforçaram o terror promovido pela ditadura síria.
Leia mais: "Prisão de Sednaya revela terror promovido por Assad"
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