"Mais de mil presos políticos passarão o Natal nas penitenciárias cubanas", diz ONG
Observatório Cubano dos Direitos Humanos apelou à libertação imediata de todos os prisioneiros políticos pelo regime de Miguel Díaz-Canel
O último relatório do Observatório Cubano dos Direitos Humanos apontou que há mais de mil presos políticos no sistema carcerário de Cuba.
"Mais de 1.000 presos políticos voltarão a passar o Natal nas prisões cubanas.
Eles são todos inocentes porque seus supostos crimes têm se manifestado pacificamente ou protestado nas redes sociais”, afirmou a ONG.
A ONG apelou à libertação imediata de todos os prisioneiros políticos da ilha e o assédio do regime de Miguel Díaz-Canel contra ativistas dos direitos humanos.
"Prefiro morrer do que me render"
De acordo com o relatório, a ditadura cubana segue reprimindo os opositores ou qualquer pessoas que se insurja contra a tirania.
Os documentos concentram-se no caso de José Daniel Ferrer, um dos presos políticos mais conhecidos de Cuba, além de outros episódios de detenções arbitrárias.
Em 11 de dezembro, Ferrer iniciou uma greve de fome em protesto às torturas físicas e psicológicas na prisão de Mar Verde.
"Prefiro morrer do que render-me ", disse à esposa em áudio revelado pelo InfoBae.
Ferrer disse que compartilhava a mesma cela com seis outros prisioneiros em um pequeno espaço.
Segundo ele, o ambiente estava infestado de moscas e percevejos.
"O espaço é pequeno demais para seis pessoas . Poderia muito bem ser para quatro, não para seis. E, no outro lugar, oito."
Morte na prisão
O ex-integrante de um grupo de oposição à ditadura de Cuba, Manuel de Jesús Guillén, morreu em uma prisão no Combinado Del Este, segundo a ONG Justicia 11J, em 2 de dezembro.
"Ele foi afetado pelas pragas de chinches, ratos e má alimentação. Os carcereiros negaram assistência médica e medicamentos para a escabiose e problemas de pele que enfrentava. Estava extremamente magros.", afirmou a ONG.
Já a ONG Cubalex, sediada em Miami, relatou a morte de Manuel de Jesús como “uso excessivo da força” por agentes da ditadura cubana.
Manuel de Jesús cumpria condenação de 6 anos de prisão por participar de protestos de 11 de julho de 2021 contra o regime cubano.
Ele é o terceiro preso político morto em Havana, capital de Cuba, em decorrência das detenções ilegais nas manifestações.
Protesto contra apagões
Durante o apagão de dois dias na ilha, a ditadura prendeu um número indeterminado de pessoas após manifestações contra o regime.
De acordo com o Ministério Público de Cuba, os "processos criminais estão tramitando devido a crimes de ataques, desordem pública e dano."
O ditador Miguel Díaz-Canel já afirmou que os apagões que os habitantes da ilha sofrem durante mais de um dia inteiro podem servir para criar “consciência”, elevando a “qualidade de vida”.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-12-25 10:06:41Em Tupilândia dos Manés vulgo Brasil os amiguitos d'el rey assassinos e criminosos de hediondos crimes já se encontram nas ruas uns assaltando manpes ... e muitos não retornarão da festa patrocinada pelo delinquente ditador.