EUA reconhecem Edmundo González como presidente eleito da Venezuela
"A democracia exige respeito pela vontade dos eleitores", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken
No dia em que a Câmara dos Representantes reforçou as sanções à ditadura chavista, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reconheceu oficialmente Edmundo González, exilado na Espanha, como o "presidente eleito" da Venezuela, nesta terça-feira, 19.
"O povo venezuelano falou com firmeza no dia 28 de julho e fez Edmundo González o presidente eleito. A democracia exige respeito à vontade dos eleitores", escreveu Blinken no X.
Durante a cúpula do G20 no Rio, Blinken confirmou de forma mais contundente a vitória do oposicionista do ditador Nicolás Maduro.
Até então, a Casa Branca tinha reconhecido a fraude eleitoral de 28 de julho na Venezuela, em que Maduro se recusou a apresentar os dados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral.
Leia mais: "Câmara dos EUA aprova nova sanção à ditadura de Maduro"
PGR de Maduro ameaça González
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou em 2 de setembro que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu María Corina sobre o mandado de prisão.
O exílio na Espanha
Mesmo assim, González tem avisado que voltará à Venezuela para tomar posse como presidente eleito em 10 de janeiro.
"Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país. Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro", afirmou o candidato da oposição a repórteres em 4 de outubro, depois de participar de um evento empresarial na Espanha.
O líder da oposição deixou o país em 7 de setembro após solicitar asilo político ao país europeu.
Ele ficou abrigado em segredo na Embaixada da Holanda em Caracas por mais de um mês até se encaminhar para a residência do embaixador espanhol.
Já na Espanha, em 12 de setembro, o primeir-ministro, Pedro Sánchez, recebeu González no Palácio La Moncloa.
Uma das filhas de González vive no país europeu há 10 anos.
Leia também: "González será "automaticamente preso" se voltar, ameaça PGR de Maduro"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)