Crusoé
09.11.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram
    Diários

    Deixem o Congresso trabalhar

    Se Luís Roberto Barroso afirmou que "não se mexe em instituições que estão funcionando", então é preciso justamente mexer na Constituição para que as instituições possam voltar a funcionar

    avatar
    Duda Teixeira
    4 minutos de leitura 10.10.2024 20:25 comentários 0
    Antonio Augusto/STF
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    A aprovação de duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) levantou uma onda de revolta na academia, na imprensa e no STF.

    Ministros do STF foram ao plenário se defender. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso (foto), disse "não se mexe em instituições que estão funcionando".

    Jornalistas apelidaram as PECs de "pacote anti-STF" e reduziram tudo a uma vingança de Arthur Lira após as decisões de Flávio Dino contra as emendas impositivas dos parlamentares.

    Na tentativa de desmerecer as duas iniciativas, houve até quem dissesse que "a sobreposição do Congresso ao Supremo não existe em nenhuma democracia do mundo".

    Mas a verdade é que o controle parlamentar da Suprema Corte existe em vários países. Não há nada de anormal nisso.

    Quando o Congresso discute o assunto, é justamente para reestabelecer um princípio constitucional: o equilíbrio entre os três Poderes.

    A sobreposição do Congresso

    Das duas PECs, a de número 28 é a que mais tem gerado críticas.

    O texto diz que, se o Congresso considerar que o STF ultrapassou o exercício adequado de sua função de guarda da Constituição, poderá sustar a decisão.

    Mas há várias condicionantes para impedir um uso oportunista ou exagerado desse dispositivo.

    Para o Congresso barrar uma decisão do STF, seria preciso contar com a aprovação de dois terços dos integrantes das duas Casas legislativas. Dois anos depois, uma nova votação seria necessária para referendar a anterior.

    "Essa ideia é muito parecida com o que existe no Canadá, com a diferença de que, lá, quem vota para referendar a decisão anterior é a legislatura seguinte. Então, aguarda-se uma renovação do Parlamento e, se ocorre uma segunda sustação, ela é definitiva", diz o advogado Matheus Carvalho Dias, diretor-executivo da Associação Nacional de Juristas Evangélicos, Anajure. "No modelo canadense, a segunda votação, com caráter definitivo, me parece mais razoável e bem pensada."

    Segundo a PEC 28, mesmo que o Congresso referendasse a anulação de um ato do STF, a Corte poderia retomar o assunto com uma maioria qualificada de magistrados no plenário.

    A PEC 8, que limita as decisões monocráticas, é ainda mais consensual.

    "Essa PEC 8 me parece constitucional e bastante razoável. Realmente, parece ser um risco ao sistema juridico-normativo que uma lei, proposta, deliberada, votada e promulgada pelo Parlamento, possa ter a sua eficácia suspensa pela decisão de um único ministro que, inclusive, não tem prazo certo para colocar a situação para apreciação do pleno do STF", diz Antonio Celso Baeta Minhoto, doutor em direito público e constitucional e professor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

    Última palavra

    No mais, a ideia de que o STF deve dar sempre a última palavra precisa ser analisada com cautela.

    "Tudo depende da teoria que o analista se apega. A Teoria dos Diálogos Institucionais, de matriz canadense e americana, nega que a última palavra possa ser dada pela Suprema Corte", diz Antonio Sepúlveda, pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

    "Não há dúvida de que a decisão do STF vale para o caso julgado. Todavia, o Congresso pode se opor e regular contrariamente ao decidido em última instância", diz Sepúlveda. "O STF dá a última palavra num determinado caso, mas o diálogo institucional não se encerra aí."

    Equilíbrio entre os três Poderes

    O argumento de que as PECs violam o equilíbrio entre os três poderes é furado porque esse equilíbrio foi perdido.

    Quando os constituintes que escreveram a Carta de 1988 aprovaram o texto, eles não tinham ideia de que os ministros do STF, sozinhos, iriam suspender leis aprovadas pelo Congresso, censurar contas de indivíduos nas redes sociais ou anular multas de grandes empresas condenadas por corrupção.

    Os consituintes também não imaginavam que os ministros do STF indicariam seus amigos para a Procuradoria-Geral da República, participariam de convescotes no exterior com empresários ou dariam declarações políticas a torto e direito.

    Se Luís Roberto Barroso afirmou que "não se mexe em instituições que estão funcionando", então é preciso justamente mexer na Constituição para que as instituições possam voltar a funcionar.

     

    Assista ao Papo Antagonista desta quinta, 10:

     

    Diários

    Projeto para regulamentar lobby segue sem previsão de votação

    Guilherme Resck Visualizar

    Crusoé nº 393: Narcoterror

    Redação Crusoé Visualizar

    Peruana Nadine Heredia já está com medo de Tarcísio

    Duda Teixeira Visualizar

    "COP30 é um picadeiro de políticos, ongueiros e multinacionais”, diz ex-secretário

    João Pedro Farah Visualizar

    Vice de Rubio chega à Bolívia para posse de Rodrigo Paz: "Uma nova era"

    Redação Crusoé Visualizar

    Não é hora de Lula abraçar Maduro

    Duda Teixeira Visualizar

    Mais Lidas

    A operação no Rio e a lição de que algoritmo não muda opinião

    A operação no Rio e a lição de que algoritmo não muda opinião

    Visualizar notícia
    A revolta dos ‘patriotas’

    A revolta dos ‘patriotas’

    Visualizar notícia
    Aliados de Maduro "esperam momento certo para tirá-lo", diz ex-presidente colombiano

    Aliados de Maduro "esperam momento certo para tirá-lo", diz ex-presidente colombiano

    Visualizar notícia
    Competição: uma “reforma administrativa” para o setor privado

    Competição: uma “reforma administrativa” para o setor privado

    Visualizar notícia
    Desserviço público

    Desserviço público

    Visualizar notícia
    Ex-terrorista, presidente sírio encontra Lula na COP30

    Ex-terrorista, presidente sírio encontra Lula na COP30

    Visualizar notícia
    Janja passa roupa de Lula em iate na COP30

    Janja passa roupa de Lula em iate na COP30

    Visualizar notícia
    Lô Borges e a esquina como licença poética

    Lô Borges e a esquina como licença poética

    Visualizar notícia
    Não é hora de Lula abraçar Maduro

    Não é hora de Lula abraçar Maduro

    Visualizar notícia
    Narcoterror

    Narcoterror

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Constituição

    Luís Roberto Barroso

    STF

    < Notícia Anterior

    Secretaria-Geral da OEA condena abusos e tortura de menores pela ditadura de Maduro

    10.10.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Marçal não manda nos seus eleitores

    11.10.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Duda Teixeira

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Projeto para regulamentar lobby segue sem previsão de votação

    Projeto para regulamentar lobby segue sem previsão de votação

    Guilherme Resck
    08.11.2025 14:00 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé nº 393: Narcoterror

    Crusoé nº 393: Narcoterror

    Redação Crusoé
    08.11.2025 07:02 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Peruana Nadine Heredia já está com medo de Tarcísio

    Peruana Nadine Heredia já está com medo de Tarcísio

    Duda Teixeira
    07.11.2025 17:23 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    "COP30 é um picadeiro de políticos, ongueiros e multinacionais”, diz ex-secretário

    "COP30 é um picadeiro de políticos, ongueiros e multinacionais”, diz ex-secretário

    João Pedro Farah
    07.11.2025 16:56 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso