PP corta fundo eleitoral para "infiéis"
A direção do PP decidiu diminuir o repasse do fundo eleitoral para deputados federais que votaram contra a orientação do partido em determinados projetos na atual legislatura. A decisão consta na resolução em que a legenda define os critérios de rateio do fundo enviada pela sigla ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o...
A direção do PP decidiu diminuir o repasse do fundo eleitoral para deputados federais que votaram contra a orientação do partido em determinados projetos na atual legislatura. A decisão consta na resolução em que a legenda define os critérios de rateio do fundo enviada pela sigla ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o documento, os deputados que disputarão reeleição receberão cada um 2 milhões de reais para a campanha. Esse montante, porém, poderá ser reduzido em 50%, caso o parlamentar tenha votado, por exemplo, contra o projeto que criou o fundo eleitoral público para bancar a eleição.
Quem votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, por sua vez, terá redução de 15% no valor do repasse. Já aqueles que votaram a favor das duas denúncias contra o presidente Michel Temer terão desconto de 20%, enquanto quem votou contra a PEC do Teto terá 5% de abatimento.
Os descontos previstos somam quase 95% dos 2 milhões de reais. Ou seja, quem votou contra a orientação do partido em todas propostas previstas na resolução poderá acabar recebendo apenas 5% do montante. Alguns deputados vão tentar rever a decisão durante a convenção da legenda nesta quinta-feira (1º).
Veja o texto da resolução:
"Em homenagem ao instituto da fidelidade partidária, sobre o valor discriminado no caput, será descontado o equivalente aos seguintes percentuais, para cada voto contrário à determinação do Partido, nas votações ocorridas no plenário da Câmara dos Deputados, nos temas que o Partido fechou questão, quais sejam:
I - 15% (quinze por cento): DCR 1 /2015;
II - 5% (cinco por cento): PEC 241/2016;
III - 5% (cinco por cento): PL 6.789/2017;
IV - 10% (dez por cento): SIP 1/2017;
V - 10% (dez por cento): SIP 2/2017;
VI - 50% (cinquenta por cento): PL 8.703/2017"
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Comentários (6)
Leandro
2018-08-03 08:04:40Vergonhoso!!! Buscar unanimidade em troca de valores não significa somente cotação, e sim compra de votos como remos assistido. Aguardemos discussões sobre liberdade de imprensa e o posicionamento dos controladores desse partido.
Gleida
2018-08-02 11:23:15PP é um partido criminoso , conheco bem sou filiada só não desfilei porque estou esperando por Bolsonaro . Chegaram a me cassar quando eu era vereadora porque discursava o executivo . Ética eles nem sabem o que é .
José Carlos França
2018-08-02 11:08:59Afinal, nós estamos vivendo numa democracia, né verdade, democracia a la Maduro! Será que terá algum homem (antes de ser deputado) de verdade para dizer assim: fique com este dinheiro, senhores! Mas vale a minha dignidade. País de quinta.
Maria
2018-08-02 10:02:24Que fofo! Se Ana Amélia não aceitar a vice presidência, vai ser 100% de corte?
Tíndaro
2018-08-02 09:52:23Inacreditável! Como assim o TSE ser conivente? Ora, é dinheiro público e não doação de simpatizantes.
Delcinir
2018-08-02 08:33:22E o valor cortado valor cortado volta para os cofres públicos?