Lula ignora Venezuela, defende Cuba e ataca Israel na ONU
Presidente faz discurso com forte tom ideológico, atacando plataformas digitais e defendendo a regulação da economia
O presidente Lula (foto) carregou nas tintas ideológicas em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça, 24.
O petista ignorou a crise na Venezuela, defendeu a ilha comunista de Cuba e atacou Israel.
Também atacou a iniciativa privada e disse que o caminho está na regulação da economia.
Nada de Venezuela
Ao tomar posse em 2023, Lula retomou as relações diplomáticas com a Venezuela, do ditador Nicolás Maduro. No final de julho, Maduro comandou uma fraude eleitoral, que foi exposta pela oposição. Sobre esse país, que já enviou 125 mil pessoas ao Brasil, Lula não dedicou uma única frase na ONU.
Sua atenção está principalmente no Oriente Médio.
Lula começou seu discurso se dirigindo à delegação palestina, que participou pela primeira vez da Assembleia, como membro-observador. Também saudou a presença do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O presidente falou de "uma das maiores crises humanitárias da história recente" na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, e que "agora se expande perigosamente para o Líbano".
Sem citar Israel, afirmou que "o que começou como uma ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino".
"O direito de defesa transformou-se num direito de vingança", disse Lula.
O presidente também defendeu a ilha comunista de Cuba, ao dizer que é "injustificável manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis".
Como sempre, não houve qualquer menção à ditadura castrista ou qualquer defesa dos direitos dos cubanos.
Contra redes sociais e inteligência artificial
Lula também levou à ONU sua concepção estatizante da economia, atacando a iniciativa privada e defendendo a intervenção estatal.
Ele mostrou receio em relação à liberdade das pessoas nas redes sociais, sem citar a suspensão da plataforma X, de Elon Musk.
"O futuro de nossa região passa, sobretudo, por construir um Estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrenta todas as formas de discriminação. (Estado) que não se intimida ante indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei", disse Lula.
Ao falar de inteligência artificial, desenvolvida pelo setor privado, Lula também se mostrou incomodado.
"Na área de inteligência artificial, vivenciamos a consolidação de assimetrias que levam a um verdadeiro oligopólio do saber. Avança a concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países."
Para Lula, só vale a economia regulada pelo Estado.
"O Estado que estamos construindo é sensível às necessidades dos mais vulneráveis sem abdicar de fundamentos macroeconômicos sadios. A falsa oposição entre Estado e mercado foi abandonada pelas nações desenvolvidas, que voltaram a praticar políticas industriais ativas e forte regulação da economia doméstica", disse.
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Comentários (2)
Xico Só
2024-09-24 12:35:45... morram faça no ho ... falei.
Xico Só
2024-09-24 12:17:01Os comunNAXIstas preferem que seus adversários morram de ga no bucho sem chiar... haja cinismo !!!