Ninguém acredita em manobra grosseira para esconder derrota de Maduro
Os governos de onze países --Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai-- emitiram nesta sexta-feira, 23, um comunicado conjunto para condenar a manobra grosseira da ditadura venezuelana para esconder a derrota de Nicolás Maduro na votação de 28 de julho. Na quinta-feira, 22, o Supremo Tribunal de Justiça...
Os governos de onze países --Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai-- emitiram nesta sexta-feira, 23, um comunicado conjunto para condenar a manobra grosseira da ditadura venezuelana para esconder a derrota de Nicolás Maduro na votação de 28 de julho.
Na quinta-feira, 22, o Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol] da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
Na carta, os países signatários reiteram que "apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos" poderia garantir o respeito à vontade popular e à democracia na Venezuela.
Eles também manifestaram sua profunda preocupação com a violação dos direitos humanos perpetrada contra os cidadãos que exigem a apresentação das atas e o reconhecimento da vitória do candidato da oposição, Edmundo González.
Eis a íntegra do comunicado:
"Os governos de Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitam categoricamente o anúncio do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela, que ontem indicou ter concluído uma suposta verificação dos resultados do processo eleitoral de 28 de julho, emitida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e que visa validar o resultados não comprovados emitidos pelo órgão eleitoral.
Os nossos países já manifestaram o seu desconhecimento da validade da declaração do CNE, após representantes da oposição serem impedidos de acompanhar a contagem oficial, a não publicação das atas e, consequentemente, a recusa da realização de auditoria imparcial e independente de todas elas.
A Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariano da Venezuela alertou sobre a falta de independência e imparcialidade de ambos instituições, tanto o CNE quanto o TSJ.
Os países signatários reiteram que apenas uma auditoria imparcial e independente dos votos, que avalia todas as atas, garantirá o respeito à vontade popular soberania e democracia na Venezuela.
Tal como o resto da comunidade democrática internacional, continuaremos insistindo no respeito à expressão soberana do povo venezuelano que em 28 de julho falou de forma pacífica e enérgica.
No mesmo sentido, manifestamos a nossa profunda preocupação e repúdio às violações aos Direitos Humanos perpetrados contra cidadãos que exigem pacificamente respeito pelo voto dos cidadãos e pelo restabelecimento da democracia."
"Não ousaram agir e publicar as atas"
Ao compartilhar o comunicado, a líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que ninguém acreditou na manobra grosseira do TSJ para esconder as atas que demonstram a vitória de Edmundo González.
"O mundo democrático alinha-se com o povo da Venezuela e respeita a nossa Soberania Popular.
A esta altura, ninguém acredita na manobra grosseira do TSJ para esconder as atas que demonstram a vitória esmagadora de Edmundo González.
Por isso, mais uma vez, o regime errou: o que o TSJ decidiu foi a sua cumplicidade com a fraude do CNE. Longe de 'encerrar o caso', aceleraram o processo que isola e afunda Maduro ainda mais a cada dia.
Ficou claro que eles não ousaram agir e publicar as atas!
Nós: foco no objetivo, disciplina e confiança. Todos os dias alcançamos mais um objetivo."
https://twitter.com/MariaCorinaYA/status/1827020428105166937
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Comentários (2)
John
2024-08-24 22:33:17Mas o Lule, O Inossenti e seu aceçor Amorim acreditam. A Crazy Rófiman também..
Amaury G Feitosa
2024-08-24 08:55:47O Brasil acovardado, omisso é submisso ao ditador assassino silencia ... por que mmesmo ???