Maduro usa demissões para intimidar venezuelanos
Além de prender opositores, ditadura cria atmosfera de medo em repartições e empresas estatais para desencorajar manifestações de insatisfação com o regime
Demissões em órgãos públicos, estatais e até mesmo empresas privadas se intensificaram na Venezuela, como forma de inibir qualquer tipo de contestação à fraude eleitoral perpetrada pela ditadura de Nicolás Maduro (foto).
A informação vem da Provea, uma das mais antigas e respeitadas organizações venezuelanas de defesa dos direitos humanos.
"O número de denúncias cresceu nas últimas duas semanas", diz o coordenador geral da entidade Oscar Murillo, em entrevista a Crusoé. "Instaurou-se um clima de intimidação nas repartições públicas, deixando claro que demonstrações de insatisfação com o regime não serão toleradas."
Segundo o sindicato da imprensa, por exemplo, 40 funcionários foram demitidos do canal estatal VTV por curtir uma postagem da líder da oposição Maria Corina Machado nas redes sociais.
Neste domingo, 18, o site Efecto Cocuyo (Efeito Vaga-Lume) publicou outros relatos. No estado ou "departamento" de Lara, empregados teriam sido dispensado por manter o WhatsApp em seus celulares, três dias depois de Maduro ter aberto uma campanha contra o aplicativo.
No estado de Zulia, o ministério da Saúde teria transferido para postos de trabalho distantes de suas casas funcionários que participaram de protestos ou se manifestaram contra a fraude eleitoral nas redes sociais.
"Estamos trabalhando com a Justiça e com sindicatos para compilar uma estatística sobre esses episódios", afirma Murillo.
Essas medidas são outra face da repressão do regime bolivariano, que também recorre a prisões e causou 24 mortes até o momento.
Outra entidade de direitos humanos da Venezuela, o Foro Penal, confirmou neste domingo ter identificado 1.503 pessoas presas por razões políticas desde a votação do dia 28 de julho.
Nesse número contam-se 129 adolescentes – jovens entre 12 e 18 anos.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2024-08-20 09:06:14Isto tem nome e sobrenome ASSASSINATO PELA FOME ... mas para os comuNAZIstas os fins sempre justificam os meios ... lá se vão mais 2 milhões de famintos exilados ... tremei Roraima, Colômbia e Guiana.
Magda
2024-08-19 17:04:12Maduro, Maduro, você vai cair de podre, meu velho. Como dizia minha avuelita: quem procura, acha.