Líder separatista foragido volta à Catalunha, discursa e desaparece
O líder separatista catalão Carles Puigdemont (foto) retornou de sete anos de exílio e discursou em um ato em Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira, 8 de agosto, apesar do mandado de prisão em seu nome. "Eles pensaram que estariam comemorando minha prisão e pensaram que essa punição faria com que nós dissuadíssemos, e vocês. Bem,...
O líder separatista catalão Carles Puigdemont (foto) retornou de sete anos de exílio e discursou em um ato em Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira, 8 de agosto, apesar do mandado de prisão em seu nome.
"Eles pensaram que estariam comemorando minha prisão e pensaram que essa punição faria com que nós dissuadíssemos, e vocês. Bem, eles estão errados", disse Puigdemont.
"Ainda aqui estamos porque não temos direito a renunciar", acrescentou, em referência a uma eventual independência catalã. Hoje, a Catalunha é uma comunidade autônoma, uma região com certa autonomia do Reino da Espanha.
Após discursar, Puigdemont saiu do palco sem mais ser alcançado pela polícia espanhola nem pela imprensa.
O separatista responde a acusações de rebelião e sedição, desobediência e peculato por ter liderado o referendo de independência catalã de 2017.
Puigdemont era presidente da comunidade autônoma da Catalunha. Desde então, o líder separatista catalão se exilou na Bélgica.
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No final de maio, o Congresso da Espanha aprovou uma lei de anistia para todos os crimes relacionados à tentativa de independência catalã de 2017, exceto crimes de terrorismo e de enriquecimento ilícito.
A legislação, entretanto, delegava ao Judiciário definir quem seria beneficiado pela anistia.
No início de julho, o Tribunal Supremo da Espanha rejeitou conferir anistia a Puigdemont por suposto enriquecimento ilícito.
O ministro Pablo Llarena afirmou em seu voto que Puigdemont e outros separatistas catalães “aprovaram as suas despesas à Administração Autónoma, sem que a iniciativa respondesse à satisfação de qualquer interesse público. E fê-lo aproveitando as suas responsabilidades no governo da Catalunha, não para enriquecer outras pessoas, mas para não ter de fazer face aos custos inerentes às suas iniciativas pessoais, uma vez que o Tribunal Constitucional declarou nulas e sem efeito as disposições orçamentais para o referendo".
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