Macron telefona para Lula
Emmanuel Macron, o presidente francês, ligou para Lula nesta segunda-feira, 5, durante uma viagem do brasileiro ao Chile. O tema da conversa dos dois foi um só: as eleições na Venezuela. No relato oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, "Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na...
Emmanuel Macron, o presidente francês, ligou para Lula nesta segunda-feira, 5, durante uma viagem do brasileiro ao Chile. O tema da conversa dos dois foi um só: as eleições na Venezuela.
No relato oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, "Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira, 1º, e a posição do país de estimulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana."
O francês, atarefado com as Olimpíadas em casa, é mais um dos que não tiram os olhos da farsa eleitoral de Maduro, que se declarou vencedor de uma eleição sem transparência e apresentação de atas eleitorais que mostrariam a somatória de votos.
Na semana passada, ele já teria discutido o tema com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Ela, que foi até o Palácio de Versalhes assistir as competições de hipismo nos jogos, tratou da instabilidade causada por Maduro na região com as lideranças francesas.
No continente, há um consenso em não reconhecer Maduro como o vitorioso da "eleição". Em um comunicado no domingo, 4, a União Europeia cobrou uma "verificação independente" dos votos. Apesar disso, o bloco de 27 nações não reconheceu Edmundo González Urrutia como presidente, deixando de seguir o que fizeram Uruguai, Costa Rica, Peru e EUA.
Lula segue com a posição que é uma defesa de Maduro, ao não condenar a ação do governo ditatorial durante as eleições. Hoje, mais cedo, 30 ex-chefes de governo e de Estado de 13 países da América Latina e da Europa divulgaram uma carta exortando o presidente Lula a reafirmar seu "compromisso indiscutível com a democracia e a liberdade — a mesma que goza seu povo".
A carta pede para que Lula faça valer esse compromisso democrático também para a Venezuela. "Não exigimos nada diferente daquilo que o próprio presidente Lula da Silva preserva dentro de sua pátria", afirmam os ex-presidentes. O grupo pertence à Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas
Nesta segunda-feira, Lula tem reunião com Boric — o presidente do Chile, apesar de também ser de esquerda, tem sido um crítico aberto da ditadura venezuelana.
Foto: No Chile, Lula encontra-se com os autênticos defensores da democracia
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Sergio
2024-08-05 13:24:42Unidos da narcocleptocracia.