Peru reconhecerá González Urrutia como presidente da Venezuela
Um dia após ter seus diplomatas expulsos da Venezuela , o governo do Peru disse que irá reconhecer o candidato opositor Edmundo González Urrutia como o presidente do país. A decisão foi anunciada pelo chanceler do país, Javier González-Olaechea (foto), nesta terça-feira, 30. González-Olaechea definiu a situação em Caracas como "muito lamentável" e que. "Com...
Um dia após ter seus diplomatas expulsos da Venezuela , o governo do Peru disse que irá reconhecer o candidato opositor Edmundo González Urrutia como o presidente do país. A decisão foi anunciada pelo chanceler do país, Javier González-Olaechea (foto), nesta terça-feira, 30.
González-Olaechea definiu a situação em Caracas como "muito lamentável" e que. "Com 70% das urnas apuradas em um meio virtual que pude verificar que o senhor Edmundo González resulta com toda a claridade como o presidente eleito da Venezuela", disse o chanceler em entrevista ao Canal N.
O chanceler da presidente Dina Boluarte ainda disse que a vantagem seria superior a 30 pontos e que os argumentos de "vitória" reclamada pelo ditador Nicolás Maduro —que reprimiu opositores antes e depois das eleições — é baseada em argumentos falaciosos. "Obviamente, com a declaração de ontem, das 11h, de se reconhecer como vencedor sem ter as atas eleitorais, Maduro age como se pretendesse consolidar um golpe de Estado", continuou o chanceler.
O ato pode desencadear uma situação igual a vista em janeiro de 2019, quando parte da comunidade internacional reconheceu Juan Guaidó como o presidente de facto da Venezuela. Ele foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos, como presidente do país entre 2019 e 2022 — até que a oposição dissolveu seu gabinete-sombra. Nesse período, Nicolás Maduro não não deixou o Palácio de Miraflores.
Nesta terça-feira, 30, segundo dia de manifestações gerais contra o que o chanceler peruano definiu como fraude eleitoral cometida por Nicolás Maduro, líderes da oposição, incluindo María Corina Machado, foram a um comício em frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Caracas.
O procurador-geral da República na Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta terça-feira, 30, que 749 pessoas foram presas por manifestações nesta segunda-feira, 29, contra os resultados da "eleição" que deu mais um mandato ao ditador Nicolás Maduro.O número é 5,5 vezes maior do que os 46 presos apontados pela ONG Foro Penal. Até às 10 horas desta terça, os ativistas haviam apurado 132 prisões e seis mortes de pessoas entre 15 e 40 anos.
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