O sucessor de Neri Geller no Ministério da Agricultura
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, escolheu o ex-deputado Guilherme Campos, do PSD de São Paulo, para ocupar o cargo de Secretário de Política Agrícola da pasta. A nomeação foi feita em portaria nesta terça-feira, 9, no Diário Oficial da União. Ex-deputado por dois mandatos e ex-presidente dos Correios no governo Michel Temer, Guilherme substituirá...
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, escolheu o ex-deputado Guilherme Campos, do PSD de São Paulo, para ocupar o cargo de Secretário de Política Agrícola da pasta. A nomeação foi feita em portaria nesta terça-feira, 9, no Diário Oficial da União.
Ex-deputado por dois mandatos e ex-presidente dos Correios no governo Michel Temer, Guilherme substituirá Neri Geller, também do PSD, que foi ministro da Agricultura de Dilma Rousseff que foi uma ponte entre Lula e o agronegócio durante a campanha eleitoral. Ele, no entanto, caiu no mês passado após estar no centro do escândalo do arroz estatal.
O governo do presidente Lula anunciou, em maio, a compra de 1 milhão de toneladas de arroz logo após o início das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações.
Sem dados concretos por parte da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o governo acabou comprando cerca de 263 mil toneladas, que seriam vendidas com o subsídio do governo, ao preço tabelado de 4 reais o quilo.
O problema é que os vencedores do leilão pareciam pouco idôneos e preparados para tal. Um dos principais vencedores foi um mercadinho em Macapá; uma locadora de carros em Brasília também ganhou o direito a importar milhares de toneladas de arroz. A compra acabou cancelada pela Conab, o que queimou Geller.
A compra por parte do governo federal gerou diversas críticas e um grupo de parlamentares apresentou um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Arroz. Além disso, os deputados da oposição protocolaram junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação para apurar indícios de fraude no certame.
Antes da decisão de anular o leilão da compra de arroz, o presidente Lula (PT) cobrou de seus auxiliares que os responsáveis pelo edital fossem desligados. Após a queda de Geller, o governo pouco tocou no tema — hoje, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, indica que nem fará um novo leilão do grão.
Leia mais em Crusoé: Conab precisou de apenas uma página para defender importação de arroz
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