Marcos Pontes apoia Bolsonaro na discussão sobre desmatamento
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes (foto), apoiou, em comunicado divulgado na tarde desta segunda-feira, 22, os questionamentos do presidente Jair Bolsonaro aos dados sobre desmatamento da Amazônia divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Pontes afirmou na nota que, embora tenha "grande apreço" pelo Inpe, compartilha a “estranheza”...

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes (foto), apoiou, em comunicado divulgado na tarde desta segunda-feira, 22, os questionamentos do presidente Jair Bolsonaro aos dados sobre desmatamento da Amazônia divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe.
Pontes afirmou na nota que, embora tenha "grande apreço" pelo Inpe, compartilha a “estranheza” de Bolsonaro quanto à variação dos dados divulgados e pediu um "relatório técnico completo" sobre as análises dos últimos 24 meses. O ministro acrescentou que irá cobrar um posicionamento do diretor do instituto, Ricardo Galvão, cuja reação pública às declarações do presidente reprovou.
No café da manhã com jornalistas na sexta-feira, 19, Bolsonaro disse que os dados que mostram aumento da perda da floresta em junho e neste início de julho são mentirosos. Ele também insinuou que Galvão estaria "a serviço de alguma ONG".
No dia seguinte, Galvão respondeu em entrevista que o presidente fez comentários "impróprios" e "inaceitáveis", que comparou a uma “conversa de botequim”. O diretor do Inpe afirmou que não iria pedir demissão e que a atitude de Bolsonaro foi "pusilânime e covarde". No domingo, o presidente insistiu que a divulgação de dados "alarmantes" de desmatamento prejudicariam o país.
No comunicado de hoje, Pontes desaprovou as réplicas de Galvão à imprensa. "Embora entenda o contexto do fator emocional, discordo do meio e da forma utilizada pelo diretor, visto que não corresponderam ao tratamento esperado na relação profissional, especialmente com o chefe do Executivo do país", avaliou. O ministro informou ter convidado o diretor do Inpe a comparecer ao ministério para "esclarecimentos e orientações".
Na nota que publicou nas redes sociais, o ministro defende que a "contestação de resultados, assim como a análise e discussão de hipóteses, são elementos normais e saudáveis do desenvolvimento da ciência, suas teorias e metodologias", e o relatório que pediu sobre os dados do instituto relativos aos últimos dois anos visam à "melhoria continuada do monitoramento e preservação ambiental, assim como o aperfeiçoamento das ferramentas e metodologias empregadas no sistema".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
LUIZ
2019-07-23 21:46:36Tem que questionar mesmo. o meio ambiente se tornou um estado dentro do Estado. São autônomos demais. Age como se fosse um país dentro de um país. manda prender, manda soltar, comete grandes injustiças. Primeiro criminaliza, emite multas astronômicas, faz coação, trava a vida das pessoas e depois é que vai investigar. Intimida todo mundo. Da muita carteira da.
Anzanello
2019-07-23 11:36:07Madeira extraída ilegalmente é desmatamento, isso nunca acabou. As áreas legalmente desmatadas e convertidas em agricultura se misturam às ilegais, daí um ponto de divergência nos números, que as ONG's não diferenciam, por razões óbvias de gerar desgaste e notícia ruim, querem promover a idéia de que JB significa destruição da amazônia. é mais um tiro no pé, como o caso Verdevaldo anti-Moro.
RONALDO
2019-07-23 10:11:42Um diretor de qualquer órgão público, não pode nem deve desrespeitar o presidente da republica.Cometeu falta grave
ANTÔNIO
2019-07-23 09:42:23O presidente deve estar se tremendo até agora após a surra dada pelo diretor Ricardo Galvão. Colocou o Bolsonaro no seu devido lugar para aprender a se comportar e lembrar que ocupa o cargo de presidente da república. Duvido muito que Bolsonaro saiba interpretar algum gráfico, duvido mesmo! Independentemente de ter ministros e assessores, o presidente deveria ler mais, estudar todos os dias as questões do país. Ele não sabe de nada.
José
2019-07-23 09:29:25Não pode dar moleza para instituição nenhuma. Como todos sabem está tudo aparelhado e por esse motivo tem que fazer varredura mesmo. Tem muita ONG vermelha “cuidando” da Amazônia.
Rodrigo
2019-07-23 08:05:05Sugestão a Crusoe: Em nome da continua qualidade / relevância de comentários, sugiro a restrição de comentários a uma quantidade máxima por comentarista. Deste modo se pode Levitar o ativismo que está crescendo cada vez mais e tirando a qualidade dos posts. Em breve apenas os “cretinos” irão participar destas discussões.
Max
2019-07-23 00:48:16O ministro está sendo sensato. Mas, a crítica dele quanto à forma precipitada da divulgação também serve para o seu chefe, que vive se precipitando com seus tuítes e cafés com a imprensa neste governo assombrado com " comunicações carregadas de autenticidades" todos os terrivelmente santos dias.
Soraya
2019-07-22 23:21:47Segundo o Jornal Estadão, o Diretor do INPE procurou formalmente o Ministro de Ciência e Tecnologia e o Ministro do Meio Ambiente mas foi IGNORADO. Por que Crusoé não divulgou este fato? O Estadão se equivocou ou a Crusoé omitiu?
Anarquista
2019-07-22 22:48:06Vive no mundo da lua. Tivesse um pouco de firmeza demitiria o cara mesmo q estivesse certo, ao menos pra q o proximo encarregado do inpe, antes de divulgar os dados, faça-os conhecer aos superiores e nao vomita-los pra se mostrar importante. Vai pra rua ... arruma um emprego numa ong, va pra frança ou alemanha e fique ka falando mal do pais. Deve ser defenestrado mesmo q esteja certo
Ivan Soares
2019-07-22 22:46:52Lúcidas palavras do ministro, se Galileu fosse grosseiro nas respostas aos inquisidores provavelmente teria sido condenado de pronto. Na linguagem própria de um cientista simplesmente respondeu defendo que a terra não se move, mas ela "por si mobe".