Rússia e Ucrânia trocam 180 prisioneiros, diz Moscou
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, nesta terça-feira, 25 de junho, a troca de 180 prisioneiros de guerra com a Ucrânia. Foram 90 liberados de cada lado. A pasta anunciou o feito pelo seu canal no aplicativo de mensagens Telegram. Moscou atribuiu a troca de prisioneiros a mediação dos Emirados Árabes Unidos. A monarquia...
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, nesta terça-feira, 25 de junho, a troca de 180 prisioneiros de guerra com a Ucrânia.
Foram 90 liberados de cada lado. A pasta anunciou o feito pelo seu canal no aplicativo de mensagens Telegram.
Moscou atribuiu a troca de prisioneiros a mediação dos Emirados Árabes Unidos. A monarquia árabe confirmou as negociações.
A última troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia ocorreu há menos de um mês, em 31 de maio.
Na ocasião, também sob intermédio dos Emirados Árabes Unidos, foram liberados 75 prisioneiros de guerra de cada lado. A troca anterior ocorrera quatro meses antes.
Militares russos com pedidos de mandado de prisão no TPI
O Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu, nesta terça-feira, 25, pedidos de prisão de dois comandantes militares russos envolvidos na invasão do país à Ucrânia desde 2022. Serguei Shoigu e Valery Gerasimov são acusados pela corte, com sede em Haia, de crimes contra a humanidade na condução das agressões ao território e às populações sob o governo de Kiev.
A decisão foi tomada por uma corte preparatória do Tribunal, e deve ser aplicada por qualquer país signatário do estatuto de Roma (a Rússia não reconhece o poder da corte). Na argumentação, os magistrados entenderam que "os alegados bombardeios feitos pelos russos foram direcionados a alvos civis, e por mais que tais alvos tenham sido definidos como 'militares' naquele momento, o esperado dano civil seria claramente excessivo em relação à vantagem militar esperada."
Na época dos dados analisados pelo TPI, Shoigu era o ministro da Defesa de Putin. Homem de confiança do ditador russo, Shoigu comandou a força militar do país por 12 anos, onde fez a cabeça de Putin pela ocupação da Ucrânia — primeiro pela anexação da Crimeia em 2014, depois pela guerra iniciada em 2022. Sob seu guarda-chuva estavam não apenas os homens das forças armadas, mas do Wagner, uma força paramilitar privada.
Neste ano, logo depois se garantir um quinto mandato para presidente — em uma eleição que ninguém acreditou como transparente — Putin trocou seu chefe para a Defesa, que passou para o Conselho de Segurança da Rússia. No lugar, assumiu um economista, Andrei Belusov. Já Gerasimov está no círculo íntimo de Putin há mais tempo: há 16 anos ele é chefe do Estado-maior das forças armadas.
Agora ambos se unem ao próprio Putin, que tem um mandado de prisão aberto pelo TPI desde o início do ano passado por crimes de guerra. Putin não pode sair de seu país sem risco de ser preso — Ele no entanto deve vir ao Brasil em novembro para a reunião do G20, já que o governo brasileiro promete não prendê-lo.
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