Aliado crítico de Netanyahu propõe dissolução do Parlamento
O ministro Benny Gantz (foto), integrante do gabinete de guerra de Israel, defendeu a dissolução do Knesset, o Parlamento israelense, e a realização de novas eleições em mais um ato de pressão sobre Benjamin Netanyahu. “A chefe do Partido da União Nacional, Pnina Tamano-Shata, apresentou um projeto de lei para dissolver o 25º Knesset. Isto...
O ministro Benny Gantz (foto), integrante do gabinete de guerra de Israel, defendeu a dissolução do Knesset, o Parlamento israelense, e a realização de novas eleições em mais um ato de pressão sobre Benjamin Netanyahu.
“A chefe do Partido da União Nacional, Pnina Tamano-Shata, apresentou um projeto de lei para dissolver o 25º Knesset. Isto segue o pedido do líder do partido, o ministro Benny Gantz, de avançar em amplo acordo para uma eleição antes de outubro, um ano desde o massacre”, disse o partido em comunicado.
A proposta de dissolução do Knesset segue na esteira de um ultimato lançado por Gantz em meados de maio.
O ministro integrante do gabinete de guerra exigiu que o governo adotasse sua proposta de seis pontos para as operações militares em Gaza até 8 de junho.
Caso contrário, o Partido da União Nacional deixaria a coalizão governista. Mesmo que isso acontecesse, Netanyahu ainda teria maioria no Knesset.
Um levantamento do Canal 12 aponta uma disputa eleitoral acirrada entre Netanyahu e Gantz. O primeiro teria 38% da preferência dos israelenses e o segundo, 37%.
Ainda segundo a pesquisa, o partido de Gantz conseguiria 25 assentos no Knesset em uma eventual eleição, contra apenas 21 do Likud, de Netanyahu.
Os dois chegaram a se enfrentar em três eleições em um intervalo de cerca de um ano, entre 2019 e 2020, até que tiveram que se unir para conseguir formar um governo na ocasião.
O Likud reagiu à proposta de dissolução do parlamento. “A dissolução do governo de unidade é uma recompensa para [o líder do Hamas, Yahya] Sinwar, uma capitulação à pressão internacional e um golpe fatal nos esforços para libertar os nossos reféns”, disse o partido do primeiro-ministro.
A última vez que Gantz pressionou o governo Netanyahu para que renunciasse foi em abril, logo após um ataque israelense matar sete funcionários de uma organização não governamental americana.
Israel reconheceu que as mortes decorreram de ataque israelense.
As vítimas eram originárias de Austrália, Polônia e Reino Unido, além de um cidadão com dupla nacionalidade americana e canadense e uma pessoa palestina.A World Central Kitchen acrescentou que decidiu “suspender as operações na região”.
Desde o início da guerra, em Outubro, a World Central Kitchen tem participado em esforços de socorro, incluindo o fornecimento de refeições aos famintos residentes de Gaza.
A ONG indicou que a sua equipe viajava a bordo de um comboio composto por “dois carros blindados com o logotipo WCK e um veículo ligeiro” no momento do ataque.
“Apesar de coordenar os movimentos com as FDI, o comboio foi atingido ao sair do armazém de Deir al-Balah, onde a equipa descarregou mais de 100 toneladas de ajuda alimentar humanitária transportada para Gaza por via marítima”, especifica no comunicado de imprensa.
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