Argentina: Milei exonera chefe de gabinete
O presidente da Argentina, Javier Milei, exonerou o seu chefe de gabinete, Nicolás Posse (foto), nesta segunda-feira, 27 de maio. Em nota oficial, o governo afirma que a exoneração atende a pedido de renúncia do próprio Posse. O ministro do Interior, Guillermo Francos, assumirá o cargo, que incorporará a sua atual pasta. O hoje ministério...
O presidente da Argentina, Javier Milei, exonerou o seu chefe de gabinete, Nicolás Posse (foto), nesta segunda-feira, 27 de maio.
Em nota oficial, o governo afirma que a exoneração atende a pedido de renúncia do próprio Posse.
O ministro do Interior, Guillermo Francos, assumirá o cargo, que incorporará a sua atual pasta.
O hoje ministério do Interior passará a ser uma secretaria encabeçada por Lisandro Catalán, braço direito de Francos.
A Casa Rosada também informou em nota que Posse assumirá um novo cargo, "a ser conhecido nos próximos dias".
Quem é Nicolás Posse e por que foi exonerado?
Conhecido por seu perfil discreto, Posse nunca concedeu entrevistas abertas durante sua passagem pelo governo.
A imprensa argentina chegava a brincar com a ideia de que ninguém conhecesse a voz do então chefe de gabinete até ele apresentar um informe ao Senado (foto), transmitido ao vivo ao público, em 15 de maio.
Nos bastidores, o Posse era considerado como o segundo representante de Javier Milei em sua ausência, atrás em importância apenas da secretária da Presidência e irmã do presidente, Karina Milei.
O chefe de gabinete foi quem liderou, junto a Francos, as negociações do governo com os governadores e a oposição no Congresso para avançar o pacotão de reformas ómnibus.
Os projetos que compõem o pacotão passaram no plenário da Câmara dos Deputados em abril, mas, desde então, estão travados em fase de comissões no Senado.
Posse passava por um processo de fritura dentro do governo havia meses, desde que começaram a vazar os primeiros rumores sobre sua eventual saída.
Segundo o Clarín, integrantes da base libertária desenvolveram hostilidade a Posse após ele, como chefe de gabinete, impor a nomeação de aliados em diversos cargos em ministérios e estatais.
O que disse Milei?
Milei ainda não se pronunciou desde a exoneração de Posse, mas o presidente chegou a ser questionado sobre os rumores da saída pelo canal de notícias La Nación + ainda na quinta, 23.
A entrevista ocorreu um dia após Milei celebrar o lançamento de seu livro em evento do qual não participou o então chefe de gabinete.
O presidente associou a então eventual saída de Posse a uma renovação ministerial que sucederia a promulgação do pacotão de reformas ómnibus no Congresso.
“Quando se gerencia marcos, nosso primeiro marco de gestão terminaria com o resultado da Lei de Bases. A Lei Base pode dar certo ou não. Esta situação chegará a um ponto em que, uma vez assinalado esse marco, teremos que fazer toda uma avaliação de resultados, todo o Gabinete estará em análise. Não apenas Posse, todos ministros. Estão todos revisados”, disse Milei.
Na entrevista, ele ainda citou interesse em conceder um ministério a Federico Sturzenegger, um de seus principais conselheiros políticos.
Sturzenegger é o idealizador do decreto de necessidade e urgência de dezembro, um dos fronts das reformas de Milei.
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