"Não será nessa semana ou na próxima que voltaremos ao normal": o desabafo da meteorologia
O instituto de meteorologia MetSul, que tem apontado a piora das condições climáticas no Rio Grande do Sul nos últimos anos, fez um relato tocante na noite desta quinta-feira, 8, a respeito dos alagamentos que atingem quase todo o estado. Todos os funcionários da empresa, responsável por prever as situações apocalípticas vista no estado, perderam...
O instituto de meteorologia MetSul, que tem apontado a piora das condições climáticas no Rio Grande do Sul nos últimos anos, fez um relato tocante na noite desta quinta-feira, 8, a respeito dos alagamentos que atingem quase todo o estado. Todos os funcionários da empresa, responsável por prever as situações apocalípticas vista no estado, perderam suas casas pela própria tempestade.
"Todos os nossos estão fora de casa. Cem por cento da empresa. Pior, alguns dos nossos perderam seus lares por completo e não poderão viver por meses onde criavam seus filhos até a semana passada", escreveu o MetSul, em suas redes sociais. "Vocês acham que nos compadece prever mais chuva ou enchente? Prever mais desastre que toca a nós e aos nossos familiares? "
https://twitter.com/metsul/status/1788388108276322326
"Saibam que todas estas previsões que temos divulgado, que quase só trazem más ou péssimas notícias nestes dias, temos escrito com profundo enojo. Exclusivamente por dever de ofício e profissionalismo. Nada mais", continua a mensagem.
Com a possibilidade de novas tempestades no final da semana, o instituto aponta que será um processo penoso de recuperação ao estado. "Não será nesta semana ou na próxima que vamos retomar um mínimo de normalidade", concluem.
As tempestades que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada, causando a cheia de diversas bacias hidrográficas pelo estado, levaram a uma cheia histórica que deixou embaixo d'água mais de 300 municípios gaúchos, incluindo a capital Porto Alegre. Até o momento, foram confirmadas 107 mortes. Há ainda 136 desaparecidos e 374 feridos pelo evento climático extremo.
O risco se mantém, segundo o MetSul. Na capital, o nível do Guaíba está em 5,03 m, com atual tendência de queda - o nível de transbordo, no entanto, é de 3 metros, podendo levar até o final do mês para que a cidade volte ao nível normal. No sul do estado, o alerta para alta da Lagoa dos Patos está mantido.
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