Na Rússia, Amorim prega "a ascensão dos países do Sul"
Celso Amorim (foto), o enviado de Lula para temas internacionais, participou nesta quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo para assuntos de terrorismo. Em seu discurso na cidade de São Petersburgo, o ex-chanceler brasileiro falou sobre o que chamou de "um dos mais significativos eventos dos últimos 25 anos": a ascensão de países do...
Celso Amorim (foto), o enviado de Lula para temas internacionais, participou nesta quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo para assuntos de terrorismo.
Em seu discurso na cidade de São Petersburgo, o ex-chanceler brasileiro falou sobre o que chamou de "um dos mais significativos eventos dos últimos 25 anos": a ascensão de países do chamado "Sul Global".
A fala faz parte do apelo do governo Lula de uma rediscussão sobre o modelo global de governança, focado em Estados Unidos e União Europeia — o dito "Norte Global": "Bilhões de pessoas foram retiradas da pobreza em um nível sem precedentes na história humana— e, ainda sim, governos mundiais não refletem essas mudanças estruturais", defendeu Amorim.
"Respeitar a diversidade é um pré-requisito para a paz", continuou Amorim, em seu breve discurso. "Paz num mundo multipolar requer uma robusta e legítima ordem legal, com leis internacionais, e não uma ordem baseadas em regras da sua fundação."
Vladimir Putin não esteve presencialmente na reunião. Ele participou por meio de vídeo, onde disse que seu país está "preparado para colaboração com todos os interessados em defender a segurança global e local", no objetivo de "estabelecer uma nova ordem internacional multipolar que se alinhe nos interesses da maioria das nações". Um discurso bastante alinhado com a fala de Amorim.
A parada de Amorim na capital russa é a segunda desde que Lula tomou posse, há 16 meses. No ano passado, o diplomata visitou o país e chegou a se encontrar com o presidente Putin, para discutir a invasão russa da Ucrânia. A visita, que só foi revelada após o retorno dele ao país foi vista como um ato de parcialidade do governo de Lula sobre a guerra — e acabou forçando Lula a enviá-lo também para a Ucrânia, um mês depois.
Nesta passagem, além de da Rússia, ele esteve em Paris para encontro com autoridades francesas. Na volta, ainda para em Berlim para encontrar-se com representantes alemães.
Leia mais em Crusoé: Para o Itamaraty, a vítima é o Irã
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Ides
2024-04-25 18:41:29John. *É preciso esclarecer que o ataque de Israel não foi á Embaixada da Síria mas ao consulado do Iraque na Síria que servia de Quartel General para a Guarda Revolucionária do Irã, e matou 7 terroristas de alto escalão*
Odete6
2024-04-25 17:22:24Essa petralhaladralha é superlativamente sem-vergonha mesmo!!!! É impressionante como os maus elementos dessa súcia fazem questão absoluta de perfilar primordialmente com a escória desgovernante da Humanidade e, depois cínicamente simular """imparcialidade""" com as suas vítimas para ""tentar calar os protestos"" e ""tentar camuflar a repulsa planetária""!!!!
Amaury G Feitosa
2024-04-25 15:22:33O nanico ou nós manés estamos cegos?