Lula manda seu chanceler para celebrar Revolução dos Cravos
Mauro Vieira, o chanceler de Lula, está em Lisboa como enviado do governo brasileiro para as cerimônias sobre os 50 anos da Revolução dos Cravos, celebrados nesta quinta-feira, 25. Durante o dia, Mauro Vieira encontrará Paulo Rangel, que é o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. É a única agenda bilateral do dia, que ainda...
Mauro Vieira, o chanceler de Lula, está em Lisboa como enviado do governo brasileiro para as cerimônias sobre os 50 anos da Revolução dos Cravos, celebrados nesta quinta-feira, 25.
Durante o dia, Mauro Vieira encontrará Paulo Rangel, que é o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. É a única agenda bilateral do dia, que ainda deve contar com cerimônias na Assembleia portuguesa.
O Itamaraty não disse o porquê da ausência de Lula no evento português, mas ela tem raízes na última visita do chefe de Estado brasileiro ao país, há exatos 12 meses. À época, o Parlamento de Portugal vetou o discurso de Lula na sessão solene de 25 de abril. A participação do presidente brasileiro chegou a ser anunciada, mas não foi aprovada.
Desde então, com a esquerda perdendo o governo no país para a direita (e a ascensão do Chega!, partido de viés conservador), o líder desta legenda, André Ventura, chegou a afirmar que, proibiria a entrada de Lula no país durante os festejos da revolução se fosse eleito primeiro-ministro.
“Se o Chega vencer as eleições legislativas no próximo domingo, a 25 de abril de 2024 o senhor presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, não vai entrar em Portugal. Nós não vamos deixar que entre em Portugal”, disse o político em comício à época, antes da eleição.
Em nota, o governo brasileiro disse que os eventos que levaram à queda do ditador Francisco Salazar em 1975 são o "período em que o país derrotou o fascismo e reconheceu o direito à autodeterminação de todos os povos" e que a Revolução dos Cravos "legou a Portugal um sistema político plural e inclusivo, voltado à construção de uma sociedade livre, justa e democrática."
A visita de Mauro Vieira aos 50 anos da Revolução dos Cravos ocorre no momento de outra pauta envolvendo as ex-colônias portuguesas: a possibilidade de indenizações causadas pela escravidão e colonialismo, propostas pelo presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa.
Leia mais em Crusoé: Presidente português sugere indenizar ex-colônias por escravidão
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Comentários (3)
Pedro Apenas Pedro
2024-04-26 08:09:16Como dizia meu querido avô; "uma no cravo, outra na ferradura" . Atualizando : Uma no cravo, outra na Ditadura.
Odete6
2024-04-25 17:29:00Mandou um dos 2 capachinhos-amestrados-domesticados (o outro tá ocupado lambendo as botas do nanoputin) pra não sair corrido de lá como um colonizado proscrito!!!
Rui
2024-04-25 14:11:54Os tempos são outros,relembrar estes fatos agora,com milhares de filhos e netos de imigrantes que vieram muito depois,e que fizeram a pujança desse país,fica um pouco sem sentido.Estudar o passado é importante para não repetir erros . Vamos olhar para frente e cuidar da nossa democracia que vive momentos perigosos.