Quem é Ursula von der Leyen, a nova presidente da Comissão Europeia
A ex-ministra de Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen (foto), foi aprovada pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, para presidir a Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia. Foram 383 votos a favor e 327 contra. No dia 1º de novembro, ela substituirá Jean-Claude Juncker. "Ursula foi uma escolha surpreendente. Ela é pouco...
A ex-ministra de Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen (foto), foi aprovada pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, para presidir a Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia. Foram 383 votos a favor e 327 contra. No dia 1º de novembro, ela substituirá Jean-Claude Juncker.
"Ursula foi uma escolha surpreendente. Ela é pouco conhecida em Bruxelas, já que até então esteve envolvida apenas na política alemã", diz Filipa Figueira, professora de assuntos europeus na University College London. "Sua carreira política na Alemanha, depois de um começo brilhante, enfrentou dificuldades quando ela se tornou ministra da Defesa. Enquanto alguns na Alemanha argumentam que é improvável que ela tenha sucesso em Bruxelas, outros dizem que seus fracassos no Ministério foram exagerados e que ela pode ter sido vítima de visões sexistas em um ambiente dominado por homens."
Ursula, que foi indicada pela chanceler alemã Angela Merkel, promete uma integração maior da União Europeia e apoia a ideia de um Exército unificado. "Ela tem dito que o Brexit deixará mais fácil a integração, uma vez que os britânicos estavam se opondo a isso", diz Filipa.
Nesta terça, 16, antes da votação, Ursula defendeu uma saída organizada do Reino Unido e afirmou que o prazo de 31 de outubro poderia ser ampliado se existir uma boa razão para tal. Ao dizer isso, ela foi vaiada pelos 29 membros do Partido Brexit, liderado por Nigel Farage.
Mas a nomeação de Ursula deve ter pouco efeito nas negociações do Brexit. "A União Europeia muito provavelmente continuará com a mesma estratégia linha-dura e com uma posição coesa. Uma mudança na presidência da Comissão provavelmente não vai alterar isso", diz Filipa.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Catilinário
2019-07-17 11:14:115. ... Reagan, nos EUA, apontavam para um fracasso do comunismo na Europa (e o recuo da Social-democracia na Alemanha). Mas a política tem idas e vindas. De lá para cá, o cenário tem mudado frequentemente. E a questão migratória, associada às convulsões políticas no mundo mulçumano (com a ascensão de grupos fundamentalistas), com clara ingerência da Rússia de Putin, delineam um novo panorama. E a Alemanha onde vc vive joga um papel importante nos acontecimentos.
Catilinário
2019-07-17 11:03:554.Magda. ... para a queda do Muro. Proximidade pode cegar... Minha esposa e eu, que assistíamos frequentemente o programa Painel (pois eu acompanhara com interesse os artigos do Waack no Estadão) gargalhamos à bandeira despregada. E continuamos rindo até hoje. Por quê? Porque na décadas de 80 o fracasso da Ostpolitik, principalmente da Ostpolitik do Vaticano de Paulo VI, do socialismo autogestionário de Miterrand, na França, do Eurocomunismo de Enrico Berlinger, na Itália, e a eleição de ...
Catilinário
2019-07-17 10:45:543.Magda. E para ilustrar como proximidade com os fatos não é garantia de boa interpretação dos mesmos, há uma situação pitoresca. Na década de 80, William Waack era correspondente do Estadão em Berlim, e aí estava quando se deu a queda do Muro. Há alguns poucos anos atrás, num de seus programas Painel, na Globonews, declarou a seus convidados que foi surpreendido pela queda do Muro. Disse que estava lá e de repente soube que o muro estava sendo derrubado. E nenhum fato conhecido apontava...
Catilinário
2019-07-17 10:33:292.Magda. Mas nazismo e comunismo não fracassaram inteiramente. Provocaram avanços no processo de destruição da Europa. E o que a Social-democracia, com Willy Brandt e seus sucessores, não conseguiu com a Ostpolitik no cenário da Guerra Fria, está conseguindo agora com Merkel, numa Europa Unificada (comercial-administrativamente), com forte influência socialista (em declínio) e num cenário de migração mulçumana/africana. O Brexit é talvez uma primeira reação a esta derrocada da Europa.
Catilinário
2019-07-17 10:06:10Magda. Vc assina Crusoé para conhecer a realidade do Brasil. Conheço a situação da Europa (e da Alemanha) pela imprensa e informações de conhecidos. Entretanto, conhecer fatos é uma coisa diversa de entendê-los e interpretá-los.E a proximidade com os fato não é garantia de boa compreensão dos mesmos.Existe um processo de destruição da Europa do qual o nazismo e o comunismo foram instrumentos recentes e fracassados. A queda do Muro de Berlim selou o fracasso do inimigo do Leste... só na aparência
Mario
2019-07-16 23:42:29O nível de ignorância sobre a Europa por aqui é de doer. Só entendível se ponderado o nível médio do ensino no Brasil que é um desastre...
Ayr
2019-07-16 19:49:00A Alemanha conseguiu com leis via Bruxelas o que tentou sem sucesso via canhões nas últimas 2 guerras mundiais......Os Ingleses tão pulando fora, os Franceses tão resmungando mas tão obedecendo. O Mundo precisa ligar as antenas!!!...
João
2019-07-16 18:13:46EUROPA, REALMENTE, LADEIRA ABAIXO.
JORGE
2019-07-16 17:36:54mais uma discípula de Merkel. Europa ladeira abaixo e com isso, o resto do mundo ocidental
Jose
2019-07-16 16:39:57Ela é boa. Quem fala mal dela é porque é invejoso ou invejosa.