PL de Jorginho Mello irá à "guerra na terra" por maior cidade de SC
O Partido Liberal (PL) deve entrar em rota de colisão com o Novo na disputa por Joinville, a maior cidade de Santa Catarina. Atual prefeito (e um dos poucos do Novo em todo o país), Adriano Silva deve se candidatar à reeleição, contra um nome do PL, partido do governador Jorginho Mello — que prometeu...
O Partido Liberal (PL) deve entrar em rota de colisão com o Novo na disputa por Joinville, a maior cidade de Santa Catarina. Atual prefeito (e um dos poucos do Novo em todo o país), Adriano Silva deve se candidatar à reeleição, contra um nome do PL, partido do governador Jorginho Mello — que prometeu usar sua força como governo para emplacar seu nome na prefeitura.
“Se o prefeito não tiver junto na eleição, nós vamos dar um calor nele, época de eleição é época de guerra na terra, sempre foi assim”, teria dito Jorginho Mello a empresários da cidade durante reunião na Associação Comercial local, no início da semana. Há a possibilidade de que o governo lance o nome de Sargento Lima (PL), seu atual secretário de segurança pública, para concorrer ao cargo.
A fala, repercutida em pequenos sites e blogs da região, chegou até a Assembleia Legislativa do estado (Alesc), onde a coisa começou, de fato, a escalar.
O deputado Matheus Cadorin (Novo) teria usado do seu tempo, na última quarta-feira, 6, para criticar a fala do governador, acusando-o de intimidação. Foi o estopim para que a tropa de choque do PL na Casa atuasse para defender a fala do governador.
"Se encontra a fala do governador, que é dentro de um contexto eleitoral, de que a máquina do Estado vai ajudar nosso pré-candidato a prefeito e que nós e o prefeito vamos lutar para que isso ocorra", minimiza o deputado estadual Ivan Naatz (PL; foto). Para ele, é normal que "cada um tenha seu candidato e lute com suas armas para defender seu candidato."
Mas Naatz também fez ataques contra a outra legenda de direita. "Eu compreendo o pessoal do Novo — porque não tem mais nada pra dizer, o que falavam não serve para mais nada, e hoje estão na vala comum dos partidos políticos. Não vamos levar essa fala do deputado em consideração."
"Nenhuma crítica ao governador Jorginho Mello ficará sem resposta neste parlamento e receberão resposta imediatamente da bancada do PL", concluiu Naatz.
E, por isso, outros deputados se seguiram, por quase nove minutos, entre a defesa da fala de Jorginho e ataques ao Novo. "Quando o governador fala em 'tempo de guerra' e 'calorão', é porque ele vai ter de sir pra rua e pedir voto pro empresário e pro chão-de-fábrica", disse Marcius Machado (PL), que lembrou em dois momentos dos valores "de grande monta" destinados à cidade. "No tempo de guerra é guerra sim, mas depois da guerra, o PL nunca vai virar às costas para Joinville."
O deputado Maurício Peixer (PL) disse que as negociações do Jorginho azedaram com Adriano Silva e, assim, decidiu pela pré-candidatura de Lima, que também é deputado estadual. "Não podemos pegar uma fala dessa para antecipar brigas", defendeu Peixer. "O governador é muito autêntico, ele fala a verdade."
A bancada do PL ainda quer usar o fato de que a vice-governadora, Marilisa Boehm é da cidade, e que a senadora Ivete da Silveira (MDB), que era sua primeira suplente, é de Joinville.
Nem Jorginho nem Adriano Silva comentaram publicamente a fala.
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