As democracias estão cada vez mais de ressaca, aponta a Economist
"A democracia deu marcha a ré na maior parte do mundo em 2023", resume as 84 páginas do Índice de Democracia 2023, produzido pela Economist e publicado nesta semana. Pela edição deste ano, apenas 7.8% da população mundial vive em 24 nações consideradas "democracias plenas", enquanto 39.4% da população mundial vive em 59 países com...
"A democracia deu marcha a ré na maior parte do mundo em 2023", resume as 84 páginas do Índice de Democracia 2023, produzido pela Economist e publicado nesta semana. Pela edição deste ano, apenas 7.8% da população mundial vive em 24 nações consideradas "democracias plenas", enquanto 39.4% da população mundial vive em 59 países com "regimes autoritários".
A nota média da democracia no planeta recuou de 5.29 para 5.23 no último ano, no pior resultado em 18 anos, confirmando o que o relatório indica ser "uma tendência de retrocesso e estagnação em anos recentes."
A lista é encabeçada pelas mesmas seis nações do ano anterior: Noruega, Nova Zelândia, Islândia, Suécia, Finlândia e Dinamarca todas têm notas acima de 9.2 (em uma escala de 10) graças a bons resultados com pluralidade no processo eleitoral, participação popular, funcionamento do governo, cultura política e liberdades civis. Nas Américas, apenas o Canadá, a Costa Rica e o Uruguai têm a definição de "democracia plena" pelo índice.
O Brasil ocupa a 51ª posição da lista, com invejáveis notas em processo eleitoral (9.58), mas maus resultados quando se fala do funcionamento do governo e cultura política (nota 5). Nossa média é 6.68. O Brasil é um país de "democracia com falhas", junto com os Estados Unidos (29º) e o Chile (25º), que deixou de ser uma "democracia plena" neste ano.
Países como El Salvador (que viu uma escalada autoritária de Nayib Bukele), Nicarágua (de Daniel Ortega), Guatemala (que viu a ameaça de um golpe de Estado em 2023) e Honduras representaram as maiores quedas registradas no ranking.
E, como comprovou a capa da Crusoé nesta semana, as nações que Lula busca se aliar estão no fundo da lista das democracias da Economist: a Palestina está na 115ª posição — mesmo afetada pela guerra, o país vai à frente da Venezuela (142º) e da Rússia, que está na 144ª posição. O Irã vai na posição 153, tendo uma nota 1.96 de 10.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-02-25 12:15:32Dividido irremediavelmente sob interesses da estupidez o ser humano mata seu maior bem, a liberdade ... o destino da humanidade é a buta do ditador, triste e dura realidade.