Juiz pode incluir provas, diz Lava Jato em resposta a vazamentos
A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná divulgou na noite desta sexta-feira, 5, um comunicado rebatendo as acusações de ter sido favorecida pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era juiz responsável pelos processos da operação. As acusações foram feitas a partir de novo vazamento de mensagens atribuídas à equipe comandada...
A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná divulgou na noite desta sexta-feira, 5, um comunicado rebatendo as acusações de ter sido favorecida pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, quando era juiz responsável pelos processos da operação.
As acusações foram feitas a partir de novo vazamento de mensagens atribuídas à equipe comandada pelo procurador Deltan Dallagnol (foto), na edição desta sexta-feira da revista Veja, em associação com o site The Intercept. A íntegra do comunicado segue abaixo:
A Força-Tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) no Paraná não reconhece o contexto e a veracidade das supostas mensagens atribuídas a seus integrantes e originadas em crime cibernético. O trabalho dos procuradores da República na operação foi analisado e validado por diferentes instâncias do Judiciário. Os supostos diálogos divulgados e as acusações feitas nesta 6ª feira por uma revista contradizem os seguintes fatos públicos:
1) Os réus foram absolvidos com relação ao fato citado pela revista, inexistindo favorecimento à acusação.
2) O pronunciamento ágil do Ministério Público, principalmente em casos de pessoas presas, é fundamental. É comum, portanto, que os juízes cobrem essa agilidade. Nos dois casos mencionados pela revista o pedido de agilidade constava nos próprios autos.
3) É lícito para defesa e acusação juntarem documentos aos autos, inclusive respondendo a demandas do juiz, que está autorizado em nosso sistema a produzir prova e instruir processos.
4) É a Procuradoria-Geral da República que realiza ou coordena tratativas de colaboração premiada, em que são implicadas pessoas com foro privilegiado, e é o Supremo Tribunal Federal que decide homologá-las ou não, sem que juízes de 1ª ou 2ª instância tenham ingerência nessas decisões.
5) Na Justiça Criminal, as datas de fases de operações são estabelecidas entre os agentes públicos, em especial pelo juiz, que precisa estar disponível na data para decidir pedidos urgentes do Ministério Público e defesa.
6) A ordem de análise e inclusão de materiais nos processos depende não só do trabalho do MPF e do Judiciário, mas de uma cadeia que inclui outros órgãos, como Polícia e Receita Federal, e segue critérios de interesse público.
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Comentários (10)
Eduardo
2019-07-08 09:42:00A partir finalmente desta manifestação da Força Tarefa espero que se inicie a Operaçao Xadrez Verdevaldo se inicie !!
Judith
2019-07-07 11:25:14Fico abismada ( se é que as mensagens são verdadeiras), como esse pessoal faz frejo com procedimentos normais na justiça criminal. Deveriam ter n apenas excelentes hackers também excelentes experts em DPP antes de divulgar bobagens!
Milson
2019-07-07 10:40:56A história do "condenado mor" realmente parece com a de Cristo, mas neste caso ele é o Barrabás: querem soltar o ladrão.
Ernesto
2019-07-07 10:16:41Os ataques à Lava Jato tem a finalidade de desacreditar a operação! Ela ainda vai chegar aos outros integrantes da organização criminosa! Para chegar a cabeça do esquema, a operação deve chegar ao financeiro. O Palocci denunciou o " banqueiro do Lula". Andre Esteves é o dono da Abril - Veja. Foi preso em 2015. Em 2018 teve o seu processo arquivado pelo STF. A operação Lava Jato está chegando nas cabeças das cobras!
Odete6
2019-07-07 08:46:30Têm que prender urgentemente o criminoso verdevaldo, sua quadrilha de hackers e, investigar beeemmmm direitinho essa história estranha do mandato da marida dele.Trabalho concentrado para a PF e, do jeito como as coisas andam se desdobrando exponencialmente, será necessária também a participação da Interpol no desbaratamento dessa extensa rede criminosa!!! Tudo o que já se sabe sobre esse intercept e sua bandidalha, indubitavelmente configura uma sombria, profunda e sinistra Caixa de Pandora!!!!
Homero
2019-07-06 21:28:22Em contraponto eu quero hackear o telefone do Lula, do Dirceu, da Dilma, principalmente, para revelar o que bandidos falam entre si e com seus cúmplices. Lá tem coisa pro Brasil se espantar. Vamos, tá na hora de parar com este lero-lero, o Lula não será solto e a Dilma e o Temer serão presos. Estamos limpando o Brasil. Precisamos do Moro e do Deltan.
Eudes
2019-07-06 19:28:36O compromisso dos magistrados e do MP não pode ser, nunca, com delinquentes. É deles a obrigação de buscar verdade, onde ela estiver, para condenar ou absolver. Que chatos são esses socialistas. Para eles, certos bandidos merecem mais atenção e proteção que o cidadão honesto.
Jose
2019-07-06 19:01:07Veja mudou de nome pra ver se vende o semanário, e vai voltar com o Reinaldo Azevedo: Chamará VEXAME.
JOSE
2019-07-06 18:16:33O presidiário Lula é poderoso mesmo, conseguiu agitar o mercado jornalístico a seu favor, ninguem fala da conversa do Gilmar com o Aécio que pediu favores, olha que a conversa foi autorizada pela justiça.
Krer
2019-07-06 15:01:13Minha preocupação não é apenas com Moro e Bolsonaro. Gente, pessoas podem morrer se forem expostas indevidamente por hackers. Como a PF vai trabalhar se pode estar sendo monitorada pelos amigos e quadriha da propina e das mortes de tantas pessoas investigadas?