Juiz ameaça expulsar Trump do tribunal em caso de difamação
O ex-presidente americano Donald Trump continua seu périplo por tribunais onde é julgado. Nesta quarta-feira, 17, ao participar do julgamento de um caso de difamação, ele teria reclamado tanto do caso, de maneira tão pública, que o juiz ameaçou expulsá-lo da sala. A cena, ocorrida a portas fechadas numa corte federal em Nova York, foi...
O ex-presidente americano Donald Trump continua seu périplo por tribunais onde é julgado. Nesta quarta-feira, 17, ao participar do julgamento de um caso de difamação, ele teria reclamado tanto do caso, de maneira tão pública, que o juiz ameaçou expulsá-lo da sala.
A cena, ocorrida a portas fechadas numa corte federal em Nova York, foi revelada pela imprensa por um representente da jornalista E. Jean Carroll, que está processando Trump em 10 milhões de dólares (cerca de 49,3 milhões de reais) em um caso sobre difamação.
Segundo o relato, Trump teria resmungado que o caso seria uma "caça às bruxas" contra si, como ele tem feito em suas seguidas idas a outros tribunai. O juiz do caso, Lews Kaplan, defendeu que o ex-presidente tem o direito de estar no tribunal, mas que este direito tinha limites baseado em seu comportamento.
"Sr. Trump, espero não ter que considerar excluí-lo deste tribunal", disse o juiz, não sem antes emendar. "Eu entendo que o senhor esteja provavelmente muito ansioso que eu faça isso."
Trump teria apenas dito que "amaria" que isso acontecesse.
O caso envolve uma acusação de abuso sexual feita contra o presidente pela jornalista, em um rumoroso artigo para a revista americana New York em 2019. Trump, um então empresário, teria atacado a jornalista em um provador da loja de artigos de luxo Bergdorf Goodman em 1996.
À época, o já presidente Trump negou o caso com sua negativa habitual — atacando a jornalista. Em um comunicado, disse que ele nunca a tinha conhecido e que tal acusação era feita apenas para que ela vendesse mais livros. A um portal de notícias, Trump disse que não teria cometido o ato porque E. Jean Carroll "não é o meu tipo."
O caso é mais um dos que é julgado no ano da eleição presidencial — por mais que esta acusação não envolva diretamente o pleito eleitoral. Nas ações que mais preocupam Trump, estão as que podem diretamente impedi-lo de tomar posse como presidente, com base no seu papel na invasão do Capitólio dos EUA pelos seus apoiadores, em 6 de janeiro de 2021. Estes devem ir a julgamento até o meio do ano.
Leia mais na Crusoé: Europa se prepara para uma possível vitória de Trump
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)