Venezuela pede "punição exemplar" a brasileiros que mataram artista
O ministro da Cultura da Venezuela, Ernesto Villegas Poljak, divulgou nesta terça, 9, uma nota de repúdio ao assassinato da artista venezuelana Julieta Hernández (foto). Ele pede "punição exemplar para este crime abominável". "A Venezuela perde com Julieta Hernández uma artista integral, expressão da identidade venezuelana. Formada pela UCV (Universidade Central da Venezuela) como médica...
O ministro da Cultura da Venezuela, Ernesto Villegas Poljak, divulgou nesta terça, 9, uma nota de repúdio ao assassinato da artista venezuelana Julieta Hernández (foto). Ele pede "punição exemplar para este crime abominável".
"A Venezuela perde com Julieta Hernández uma artista integral, expressão da identidade venezuelana. Formada pela UCV (Universidade Central da Venezuela) como médica veterinária, summa cum laude, foi fundadora da Rede Venezuelana de Palhaças com estudos no Brasil sobre o Teatro do Oprimido. Julieta foi uma verdadeira embaixadora da paz em Nossa América. No Brasil, ela desenvolveu intensos contatos com movimentos sociais daquela nação irmã sul-americana, mantendo sempre em alta a sua pregação feminista, o seu amor pela infância, pelos animais, pelo direito ao sorriso e pela Venezuela Bolivariana", escreve o ministro.
Julieta tinha 37 anos e vivia em São Paulo desde 2016. Ela participava de um coletivo feminista chamado Circo di SóLadies, em que se apresentava como palhaça Jujuba.
No Instagram, ela se definia como migrante, nômade, palhada, bonequeira e cicloviajante. "Minha casa é o movimento", escreveu ela em sua apresentação.
Há dois meses, Julieta deixou o Rio de Janeiro de bicicleta com o objetivo de chegar à cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela, onde vive sua mãe.
No final de dezembro, ela passou pelo município Presidente Figueiredo, a 120 quilômetros de Manaus, estado do Amazonas.
Sem conseguir ficar em duas pousadas, ela foi para a casa de um casal para pernoitar. Desde o dia 23 de dezembro, Julieta estava desaparecida.
As investigações policiais concluíram que o casal dono da pousada tentou roubar o celular de Julieta quando ela estava dormindo, mas a venezuelana reagiu.
Ela foi abusada sexualmente, enforcada e enterrada nas proximidades.
O casal foi acusado de ocultamente de cadáver, latrocínio e estupro.
Em seus últimos vídeos no Instagram, Julieta escreveu a palavra "gratidão" e agradeceu a todos que colaboraram em uma vaquinha para ela comprar um celular e para montar sua bicicleta.
Nas redes sociais, o Circo de SóLadies está convocando diversas "bicicletadas" no Brasil e no exterior em homenagem a Julieta.
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Comentários (3)
Odete6
2024-01-10 10:05:52O Equador é aqui há muiiiito tempo. E só piora com os 2 palhaços defensores de criminosos alternadamente aboletados no desgoverno. As 3 Américas se transformaram num só cartel de criminosos de toda laia, a começar pelos malditos desgovernantes que as assolam.
Antonio
2024-01-09 15:56:34Pela primeira vez concordo, espero que seja a única , com uma autoridade bolivariana. Punição exemplar para estes animais.
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-01-09 13:58:41Que história mais estranha. Mais estranhas (ou mentirosas) são as falas desse Ministro. Será que ela era tão querida, amada e indispensável na Venezuela como ele exalta? Então por que ela veio morar no Brasil?