Meio milhão para Bolsonaro e Michelle
O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, receberam pelo menos R$ 589.087,12 do Partido Liberal (PL) ao longo de 2023. Os valores, declarados pelo PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluem apenas os salários em outras remunerações que os dois receberam como dirigentes partidários. Bolsonaro é presidente de honra do partido, cujo presidente...
O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, receberam pelo menos R$ 589.087,12 do Partido Liberal (PL) ao longo de 2023.
Os valores, declarados pelo PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluem apenas os salários em outras remunerações que os dois receberam como dirigentes partidários.
Bolsonaro é presidente de honra do partido, cujo presidente de fato é Valdemar Costa Neto.
Já Michelle preside o PL Mulher, a ala da legenda voltada às mulheres.
O ex-presidente recebeu R$ 200.281,14 entre abril e outubro, como declarou o PL.
Acrescido a esse montante o salário mensal de Bolsonaro, R$ 30.483,16, até dezembro, o total chega a R$ 261.247,16.
Quanto a Michelle, a ex-primeira-dama recebeu R$ 236.390,48 de fevereiro a setembro.
Projetando o restante do salário dela, também R$ 30.483,16, até dezembro, ela terá recebido R$ 327.839,96 ao final de 2023.
Esses valores, tanto de Bolsonaro quanto de Michelle, não incluem as despesas relacionadas a assessores, advogados e auxílios viagens.
Ao todo, o partido recebeu R$ 141 milhões até outubro de 2023. Quase o total desse montante, R$ 140,9 milhões, veio do fundo partidário.
O efeito Michelle
Desde o início de 2023 até outubro, o PL ganhou 43 mil novos filiados. Destes, 14 mil são mulheres.
“O número surpreendeu integrantes da legenda, que creditam o aumento de novos correligionários ao bolsonarismo e, sobretudo, à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro”, disse reportagem de Folha de S. Paulo na ocasião.
A ex-primeira-dama é responsável por uma série de eventos pelo país justamente com o objetivo de incentivar as candidaturas femininas. Para 2024, o PL tem a ousada meta de eleger mil prefeitos.
O papel da primeira-dama no comando do PL Mulher não deixou de ter controvérsias.
Após a repercussão nas redes sociais, em maio, Michelle recuou de declaração contrária à cota de 30% para mulheres na política.
Em vídeo, ela fez uma “retificação” e afirmou ser a favor da regra.
“Retificando, eu sou a favor da cota, sim. Nós teremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo. Nós não queremos apenas cumprir uma cota de 30%. Nós acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira”, disse.
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Comentários (1)
Sergio
2023-12-29 20:53:29Dinheiro de contribuintes sendo canalizado para essa excrescência chamada fundo partidário e que acaba nas mãos de um casal que só serviu para envergonhar o país. Saco cheio desse país. Chega.