Governo argentino pressiona contra manifestações até em apps
Ao entrar em sua semana de governo como presidente argentino, Javier Milei continua a pressionar contra manifestações de rua. Desta vez, a repressão aos piqueteiros veio pessoalmente na plataforma do próprio governo federal, a "Mi Argentina". Com o funcionamento similar ao "E-gov" do governo brasileiro, a plataforma permite acessos individualizados a cidadãos argentinos em diversos serviços. Quem...
Ao entrar em sua semana de governo como presidente argentino, Javier Milei continua a pressionar contra manifestações de rua. Desta vez, a repressão aos piqueteiros veio pessoalmente na plataforma do próprio governo federal, a "Mi Argentina".
Com o funcionamento similar ao "E-gov" do governo brasileiro, a plataforma permite acessos individualizados a cidadãos argentinos em diversos serviços.
Quem acessou o aplicativo nesta segunda-feira, 18, após um pronunciamento da ministra do Capital Humano Sandra Pettovello, já foi recebido com a seguinte mensagem, intitulada "Quem fecha, não cobra":
“Queremos te dar a tranquilidade de que, se você cumpre com a lei, iremos cuidar de você. Se você é um beneficiário de um plano social, que ninguém te obrigue a fechar vias de circulação sob a ameaça de que você vai perder este benefício. Você pode denunciar anonimamente no número 134. Que você tenha um natal e um fim de ano em paz.”
O chamado "protocolo antipiquetes" foi apresentado pela ministra Pettovello, junto com a ministra da Segurança, Patricia Bullrich. Em um pronunciamento, a primeira disse que "os que promovem, instigam, organizam ou participam de bloqueios perderão todo tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano".
Ela também anunciou um plano de auditoria nas organizações sociais que entreguem planos sociais, para avaliar se de fato estes grupos estariam atuando para associar a participação em protestos à manutenção dos benefícios.
Ao mesmo tempo em que reprime as manifestações, Milei prepara um decreto executivo com novas medidas econômicas. A medida é considerada excepcional e refletiria uma "necessidade de urgência", para entrar em vigor sem a passagem no Legislativo.
Segundo a imprensa local, o DNU deverá abranger grande parte do plano para afrouxar legislação trabalhista, um dos três principais eixos de reformas de Milei, junto à redução do Estado e à simplificação geral da economia. A redução de multas trabalhistas a empregadores está entre as medidas concretas presentes nos esboços do decreto.
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