Nos EUA, republicanos seguem sem definir quem comandará Câmara
A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos completou, nesta quarta-feira (18), quinze dias sem presidente. Desde que a ala linha-dura do Partido Republicano (que tem a maioria na Casa) votou para tirar o presidente Kevin McCarthy (Califórnia) do cargo, por suas negociações pelo Orçamento com o presidente democrata Joe Biden, o partido não consegue...
A Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos completou, nesta quarta-feira (18), quinze dias sem presidente. Desde que a ala linha-dura do Partido Republicano (que tem a maioria na Casa) votou para tirar o presidente Kevin McCarthy (Califórnia) do cargo, por suas negociações pelo Orçamento com o presidente democrata Joe Biden, o partido não consegue acertar quem sucederá o cargo.
Desde então, os homens à frente do partido já alçaram dois favoritos. O deputado Steve Scalise (Louisiana) chegou a obter os votos necessários em uma votação secreta — na hora do voto para valer, na semana passada, o apoio não veio. Uma semana após o primeiro fiasco, um segundo desastre começa a se desenhar, desta vez com Jim Jordan (Ohio).
Mentor da ala mais radical do partido, e um dos mais próximos na classe política ao ex-presidente Donald Trump, Jordan era uma das opções que o partido tinha após a destituição de McCarthy. Ele acabou preterido por Scalise em um primeiro momento, mas, após seu nome se tornar inviável, Jordan voltou a ser considerado. Sem ter conseguido apoio em uma primeira votação nesta terça-feira (17), o congressista de Ohio buscou novamente a eleição hoje.
A surpresa foi ainda maior. Não apenas Jordan falhou em conseguir a maioria do apoio de outros republicanos como, ao que tudo indica, está perdendo o apoio que já tem. Na primeira votação, 20 parlamentares do partido não votaram nele para presidente da Casa; na segunda, já eram 22. À mídia americana, deputados que votaram duas vezes para Jordan indicam que não devem dar um terceiro voto de confiança.
Sem unidade para chegar a um consenso sobre quem deve presidir a Câmara, os deputados republicanos buscam uma solução de curtíssimo prazo. Uma delas é deixar o cargo com Patrick McHenry (Carolina do Norte), que ocupa o cargo de maneira temporária. Com sua ascensão ao cargo, a Câmara voltaria ao seu ritmo normal, a tempo de iniciar negociações sobre um novo repasse de verbas ao governo, que pode parar no meio do mês que vem.
Não é a primeira vez que os republicanos enfrentam dificuldade para escolher um presidente da Casa: em janeiro de 2023, o agora destituído Kevin McCarthy passou por nada menos que 15 votações antes de o partido escolhê-lo.
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