República Dominicana fecha fronteiras com o Haiti
O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, anunciou nesta quinta (14) que vai fechar suas fronteiras terrestre (foto), marítima e aérea com o vizinho Haiti, a partir desta sexta-feira (15), por tempo indeterminado. Segundo o New York Times, as tensões aumentaram devido à escavação de um canal no rio Massacre, que atravessa os dois países....
O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, anunciou nesta quinta (14) que vai fechar suas fronteiras terrestre (foto), marítima e aérea com o vizinho Haiti, a partir desta sexta-feira (15), por tempo indeterminado.
Segundo o New York Times, as tensões aumentaram devido à escavação de um canal no rio Massacre, que atravessa os dois países. Nesta semana, Abinader congelou os vistos haitianos e ameaçou fechar os mais de 350 km de fronteira caso não houvesse acordo entre os vizinhos. Na quarta (13), uma delegação do Haiti viajou a Santo Domingo para uma reunião de cerca de 11 horas com os representantes do governo dominicano, mas as partes não obtiveram acordo.
“Toda a fronteira da República Dominicana, tanto terrestre como marítima e aérea, será fechada”, afirmou o presidente dominicano aos jornalistas na quinta. Abinader deu entrevista em uma base militar na capital, entre 20 veículos blindados que, segundo ele, seriam enviados em breve à fronteira. “O Exército, a Marinha e a Aeronáutica estarão preparados para cumprir esta decisão”, disse.
Em resposta, na noite de quinta-feira, o governo haitiano divulgou um comunicado dizendo que tem o poder de “decidir soberanamente sobre a exploração dos seus recursos naturais” e alegou “pleno direito” de acesso ao rio Massacre. A nota do Haiti também pediu calma diante da escalada das tensões.
Escreve o NYT: "A decisão deverá aprofundar a turbulência económica no Haiti, onde quase metade da população corre o risco de morrer de fome, segundo a ONU. Mais de 25% das importações oficiais haitianas provêm da República Dominicana, embora outra grande parte, incluindo alimentos, entre não oficialmente ao longo da fronteira porosa, de acordo com um relatório do FMI".
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