O aperto no plenário da Câmara
Toda sessão da Câmara com casa cheia é aquela confusão. Deputados disputam espaço no corredor do plenário, já que as cadeiras não comportam todos. Em sessão conjunta do Congresso, quando os senadores vão para lá, nem se fala. O aperto no plenário preocupava o arquiteto do prédio, Oscar Niemeyer, já nos anos 1970, uma década...
Toda sessão da Câmara com casa cheia é aquela confusão. Deputados disputam espaço no corredor do plenário, já que as cadeiras não comportam todos. Em sessão conjunta do Congresso, quando os senadores vão para lá, nem se fala. O aperto no plenário preocupava o arquiteto do prédio, Oscar Niemeyer, já nos anos 1970, uma década após a inauguração de Brasília — e o número de parlamentares era bem menor.
Em 1972, o criador dos palácios e monumentos da nova capital rascunhou um projeto de um novo plenário, fora da sede, que comportaria mil congressistas e outros mil visitantes, além de estrutura para a imprensa. Seria um subsolo à parte do Congresso. Não pegou. À época, a Câmara tinha menos de 400 deputados, e o contingente, como a falta de espaço, crescia a cada mandato. Hoje, são 513 na Casa.
Já em 1986, quando o país fazia a transição da ditadura militar para a redemocratização, com José Sarney na Presidência, Niemeyer lançou mão de outro intento. "A solução ao criar, fora do edifício, um novo plenário, parecia ser a única possível, opção até hoje protelada pelos problemas apresentados de distância, custo, etc", afirmou o arquiteto no projeto daquele ano.
"Mas até na arquitetura acontece o inesperado. E uma nova ideia surgiu simples, clara, irrefutável", relatou. Ele sugeria criar um pleno em cima do atual, na cúpula (o monumento em forma de "prato" voltado para cima, que representa a Câmara) da Casa. Até hoje a proposta dormita, felizmente. Que se apertem.
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Comentários (10)
MARIADE
2018-07-23 18:35:09Prefiro retroceder no tempo e diminuir o numero de deputados. E no senado, de senadores também. Nunca vejo a cara dos deputados do meu estado nem dos senadores. Pode cortar a metade.
Nelson
2018-07-23 16:08:30Melhor solução: cortar pela metade o número de deputados e um terço no de senadores (e ainda continuara um contingente excessivo de congressistas, considerando o que fazem no congresso!).
Mathilda
2018-07-23 16:08:15Só diminuir o número de ladroes desse Senado e congresso! Tá parecendo sindicato. Todo mundo abrindo partido político!
Vera
2018-07-23 15:51:59Motivo importante para a diminuição do número de congressistas
MARCO
2018-07-23 12:49:54Diminuir o número de canalhas? Eu hein?!?! Nem pensar!
Eduardo
2018-07-23 12:19:59Só faltaria essa mesmo... reforma nesse antro e mais gastança.
Valério Seccadio
2018-07-23 11:32:12Que, com alteração constitucional, se amplie o alcance legiferante das Assembléias Estaduais e se diminua, numericamente, a representatividade Congressual na Federação. Ganha-se, nos dois níveis.
Roberto
2018-07-23 08:48:10Tem que fazer uma "gata parida" com esses parlamentares. A cada eleição, reduz-se em 5% o número de parlamentares, até se chegar a um contingente razoável...
Chris
2018-07-23 06:19:05Não gosto de nada apertado, bagunçado. A solução é simples, muito simples. Reduzir o número de deputados e tb de senadores. Na sua imensa maioria não nos representam, se elegem para enriquecimento próprio, lesam a nação. Reduzindo será mais fácil vigiá-los, cobra-los, custará menos. Tb já passou da hora ter apartamento funcional, passagens aéreas gratuitas, carros oficiais. Brasília não é mais o fim do mundo mas o centro do país.
Tite
2018-07-23 01:41:45Te garanto que ainda assim seu candidato não consegue fazer o que promete. A Constituição do “Dr Ulisses” e do Tancredo Neves foi talhada para regime parlamentarista e só depois de promulgado a Constituição foi que se lembraram de mudar de presidencialismo para parlamentarismo, em 23/04/1993, cinco anos depois da vigência da nova carta. O povo não quis pois já naquela época detestavam políticos. Desde então é essa feira de apoios por maioria.