Bares e restaurantes defendem corte do rotativo, mas temem extinção do "parcelado sem juros"
As discussões sobre o rotativo do cartão de crédito têm mexido com governo, Congresso, bancos, comercio e entidades do varejo. A principal preocupação é com o possível impacto da medida. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, em entrevista a Crusoé, critica a possibilidade de extinção do "parcelado sem juros"....
As discussões sobre o rotativo do cartão de crédito têm mexido com governo, Congresso, bancos, comercio e entidades do varejo. A principal preocupação é com o possível impacto da medida.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, em entrevista a Crusoé, critica a possibilidade de extinção do "parcelado sem juros". Essa tem sido uma das possibilidades estudadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
"Os bancos faturam com o rotativo mais de 140 bilhões de reais. Os juros extorsivos precisam cair. Basta reduzir o juro mensal de 15% para 9%, que ainda é muito elevado. O rotativo tem que acabar. Ele penaliza a pessoa que não conseguiu pagar a fatura e dá lucro aos bancos", critica.
Para Solmucci, os bancos misturaram as coisas. "Uma coisa são os juros, que é algo que tem de ser resolvido. Outra coisa é preservar a melhor forma de parcelamento, que é a do cartão de crédito. O prejuízo é amplo por que ele afeta o pequeno lojista", completa.
Na última semana, a Câmara aprovou um projeto que estabelece um teto de 100% ao rotativo. A título de comparação, em julho a taxa chegou a 445% ao ano.
As instituições financeiras terão 90 dias para apresentar um plano de redução dos juros do rotativo e do parcelamento da fatura do cartão. O plano deverá ser aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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