Enel sob ameaça de CPI no Ceará
A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) abriu os trabalhos de uma CPI que irá investigar a operação da Enel no estado. A empresa de energia, que assumiu a operação da antiga Coelce em 2016, é alvo de crítica dos deputados, que agora querem analisar possíveis abusos e irregularidades contratuais como a possibilidade de venda da...
A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) abriu os trabalhos de uma CPI que irá investigar a operação da Enel no estado. A empresa de energia, que assumiu a operação da antiga Coelce em 2016, é alvo de crítica dos deputados, que agora querem analisar possíveis abusos e irregularidades contratuais como a possibilidade de venda da concessão pelos próximos 30 anos.
A presidência da comissão ficará com o deputado estadual Fernando Santana (PT, na foto), que já se mostrou incisivo com a atuação da concessionária. “Quero frisar aqui que não se trata de uma caça às bruxas. Ministério Público e Decon seguem aplicando multas milionárias na Enel após confirmar irregularidades, mas até hoje a mesma não nos apresentou qualquer intenção ou plano de melhoria", disse, durante a abertura dos trabalhos na casa.
A jornalistas da mídia local foi ainda mais incisivo: "O que a gente tem dito é que ou a Enel muda o formato de trabalhar ou ela se muda do estado do Ceará."
O vice-presidente da comissão é Carmelo Neto (PL), igualmente crítico ao trabalho da distribuidora. “Uma empresa que desobedece cláusulas contratuais e decisões judiciais, que tem lucros acima de R$ 600 milhões líquidos, praticamente ri de uma multa de R$ 15 milhões", avaliou. "E agora quer vender algo que não pode, que é a garantia da concessão por mais 30 anos. Precisamos estar juntos em prol de, no mínimo, melhorar o serviço prestado à população cearense.”
O Ceará é um dos três estados em que a multinacional italiana atua — há também operações no Rio de Janeiro, onde atua na região da antiga Ampla, e em São Paulo, onde atende a capital e a região metropolitana, na área mais adensada e populosa do país.
A empresa também atuava em Goiás, em uma operação tão criticada que o governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), ameaçou agir para retirar a concessão da empresa. Sem clima para prosseguir no estado, a Enel concluiu a venda dos seus ativos para a Equatorial Energia no final de 2022.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2023-08-12 13:47:55Onde? Aqui no khu do mundo onde o tráfico tem estados paralelos nas periferias dizem por acordo com elites tão pôdres quanto? Ora senhores brincadeira tem hora.