É hora de Lula falar com Maduro sobre a crise migratória
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, entrou no Palácio do Planalto na manhã desta segunda, 29. Ele chegou acompanhado da "primeira combatente" Cília Flores, sua esposa. O casal foi recebido por Lula e a primeira-dama Janja (foto). Há inúmeros temas na agenda, mas os venezuelanos que vivem no Brasil foram completamente ignorados. Nesta segunda, Lula...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, entrou no Palácio do Planalto na manhã desta segunda, 29. Ele chegou acompanhado da "primeira combatente" Cília Flores, sua esposa. O casal foi recebido por Lula e a primeira-dama Janja (foto). Há inúmeros temas na agenda, mas os venezuelanos que vivem no Brasil foram completamente ignorados.
Nesta segunda, Lula e Maduro devem conversar sobre temas fronteiriços, "com destaque para a proteção das populações que residem nessa faixa, entre elas os povos yanomami". Ainda segundo o comunicado oficial, eles também irão falar sobre "integração sul-americana", "cooperação amazônica" e temas ligados à paz e mudança do clima.
Na terça, Maduro participará de uma reunião com outros chefes de governo de países da América do Sul. Na parte da manhã, os líderes farão discursos de abertura. À tarde, haverá uma "conversa mais informal", segundo o governo. À noite, eles participarão de um jantar oferecido por Lula no Palácio do Alvorada.
Segundo o que foi divulgado, o objetivo de Lula é "retomar a cooperação dentro do continente". Entre as pautas estão a integração em "questões comuns nas áreas de saúde, infraestrutura, energia, meio ambiente e combate ao crime organizado". Diz o texto oficial: "A região dispõe de capacidades que serão chaves no futuro da humanidade, como recursos naturais, água, minérios, área para produção de alimentos. Uma agenda concreta de cooperação pode ser iniciada imediatamente”.
Só não se falou da crise migratória. No Brasil, há hoje 400 mil venezuelanos que fugiram da fome, da perseguição política e da falta de perspectivas da ditadura imposta por Maduro.
Durante toda a sua campanha presidencial e desde que assumiu a Presidência da República, Lula nunca citou a Operação Acolhida, que ajudou esses venezuelanos a encontrar um lugar no país. Eles foram inscritos no Sistema Único de Saúde, foram vacinados e encaminhados para trabalhar em 838 cidades do Brasil. Ao todo, mais de 7,5 milhões de venezuelanos deixaram o seu país em busca de uma vida melhor, muitos para outros países da América Latina cujos presidentes também estarão em Brasília nesta terça.
Com o petista Lula buscando retomar sua amizade com o ditador, o destino dos venezuelanos no Brasil tornou-se uma incógnita.
A solidariedade de Lula é com o ditador, e não com os venezuelanos.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Caleidoscópio
2023-05-30 11:23:47Eu participei da Operação Acolhida. É muito triste e difícil ver todas aquelas pessoas sujeitando-se a caminhar horas para ir até a fronteira encontrar um refúgio. Até oficiais de alta patente, não ligados ao Maduro, pediram para entrar no Brasil.
Odete6
2023-05-29 13:18:33Claro, conversa particular de marginais para marginais. Que karma esse, tenebrosamente repulsivo, da América Latina.
ROBERTO DE VASCONCELLOS PEREIRA
2023-05-29 12:00:37Notícia à parte, Michele está a anos-luz de Janja em matéria de elegância....