O Brasil irá conciliar a COP30 em Belém com a exploração na foz do Amazonas?
A decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de escolher o Brasil para a sediar a COP30, em 2025, deve trazer a principal roda mundial de discussões sobre meio ambiente e mudanças climáticas para a cidade de Belém do Pará. Lula se apressou em gravar um vídeo ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho,...
A decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de escolher o Brasil para a sediar a COP30, em 2025, deve trazer a principal roda mundial de discussões sobre meio ambiente e mudanças climáticas para a cidade de Belém do Pará. Lula se apressou em gravar um vídeo ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, e do chanceler Mauro Vieira, saudando a decisão.
Apesar de o debate ocorrer daqui a mais de dois anos, a região, no entanto, já está no centro do debate ambiental com o embate entre o Ibama e a Petrobras, pela exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Tal como a próxima COP — onde o responsável é o presidente da companhia de petróleo dos Emirados Árabes — como o Brasil poderá lidar com essa contradição.
O pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA) e professor de relações internacionais da FGV, Eduardo Viola, acha que Lula pode se safar de maiores problemas de imagem com a exploração de petróleo com uma leve torção semântica.
"O discurso a ser dado pelo Brasil deve ser o de redução do desmatamento", disse o pesquisador. "Os olhos do mundo estarão no desmatamento, no combate à criminalidade da Amazônia, e não na possibilidade de transição energética. Um mal menor e um bem maior."
No entanto, mesmo a vitória do Brasil com a candidatura de Belém não é capaz esconder o estrago feito na autoridade de Marina Silva, a fiadora internacional para a causa ambiental de Lula. Considerando que a Petrobras e seu lobby vencerão a queda de braço pela exploração do petróleo no local, Viola enxerga pouca sobrevida a uma das mais estrondosas derrotas de Marina, já cantada pelo Congresso Nacional.
"Tendo a pensar que ela não ficará", observou. "Já que ela e uma mulher de princípios. Para ela, [a exploração na foz do Rio Amazonas] seria um erro como foi a construção de Belo Monte, que levou à sua demissão em 2008".
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2023-05-27 10:16:33O que o jormunismo não informa .. há 20bilhões de barris de petróleo numa área a mais de 500km da foz do Amazonas com baixo risco ambiental . o petróleo deixa de ser matriz energética por esgotamento ou obsolescência em 2050 . a reserva permite extrair 1milhao de barris/dia uma receita de 7milhões diários . nenhum país cujos líderes tenham ainda alguma sanidade vão deixar de explorar o que pode ser a redenção dos povos amazônicos ... assim Marina irá ao lixo de onde nunca deveria ter saído.
Odete6
2023-05-27 01:08:15Sásinhora.... quando será que o BRASIL se livrará dessa horda maldita de incônscios ignorantes em último gráu que se alternam!!!.... E que falta de vergonha a dessa figura.... depois de ser desmoralizada em suas (boas) causas no desgoverno anterior do maior ladrão contumaz desgovernante do BRASIL, ainda volta pelegando o marginal, sabendo que ele é um poço de ignorância e péssimas intenções encobertas com o repulsivo populismo, uma de suas patologias mais perversas e nocivas ao nosso país!!!