Payo Cubas, o "palhaço" da terceira via no Paraguai
Paraguayo Cubas (foto) chega às eleições para presidente do Paraguai, neste domingo (30), como uma incógnita: enquanto sua candidatura ainda não parece afetar a disputa entre os candidatos do Partido Colorado (o ex-ministro da Fazenda Santiago Peña) e de uma coalizão de oposição (o ex-ministro Efraín Alegre), seu crescimento vertiginoso nas pesquisas recentes aponta para...
Paraguayo Cubas (foto) chega às eleições para presidente do Paraguai, neste domingo (30), como uma incógnita: enquanto sua candidatura ainda não parece afetar a disputa entre os candidatos do Partido Colorado (o ex-ministro da Fazenda Santiago Peña) e de uma coalizão de oposição (o ex-ministro Efraín Alegre), seu crescimento vertiginoso nas pesquisas recentes aponta para uma eleição incerta, decidida em turno único.
Nascido nos Estados Unidos como filho de um diplomata do ex-ditador Alfredo Stroessner (que deu ao seu filho o nome "Paraguaio"), ele tem cerca de 15% das intenções de voto, segundo a pesquisa AtlasIntel mais recente. É a terceira via no país — mas seu plano de governo tem pouco de político.
Quando ainda era senador pelo país, "Payo", como é conhecido, se tornou viral ao sugerir a morte de "100 mil brasileiros bandidos" no país em 2019 (ele fala, incorretamente, que há dois milhões de brasileiros no país; a estimativa é que são 400 mil, num país de 7 milhões). A carreira política como senador acabou rápido: depois de cuspir, jogar água em um adversário e de defecar no escritório de um juiz e ameaçá-lo com um cinto, ele foi afastado por quebra de decoro.
"Payo Cubas é comparado com um palhaço, que em espanhol é payaso. Ele quer acabar com a Constituição, com o Congresso, com os políticos e governar com as Forças Armadas", explica Wagner Enis Weber, diretor da consultoria Braspar, especialista em economia e política paraguaia, sediado em Assunção. "É desbocado e ganha muito apoio dos que estão cansados da política. Ele representa o antissistema. Não vai ganhar, mas vai dividir a oposição."
Além de dividir a oposição, ele gera cizânia no país. Em suas redes sociais, alimentadas diversas vezes por dia, o "palhaço" tem o costume de atacar o TSJE, a corte eleitoral do país. Em uma postagem, ele diz "para destruir a máfia eleitoral temos de ter dois milhões de votos e mesmo que nos roubem 500 mil nós vamos ganhar."
Ao colocar a lisura do tribunal eleitoral em dúvida, é bem provável que Paraguayo continue fazendo suas palhaçadas, mesmo depois de perder a eleição.
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Comentários (4)
Amaury G Feitosa
2023-05-01 15:51:49E o Ciro do Paraguai, sem a esquizofrenia é claro.
Amaury G Feitosa
2023-04-30 13:07:52Alô sr. Paraguaio melhor você faria mandando guilhotinar 200mil ladróes a oeste do rio Pataguai ... Seremos eternamente gratos.
Rosa
2023-04-30 11:38:53Outro Bolsonaro. Talvez se eleja, se não neste, no próximo pleito.
Gastão Eduardo Carvalho
2023-04-30 08:22:13Tanto lá como aqui, nossas políticas estão recheadas de palhaços, mentirosos, ladrões, mentecaptos e por aí afora. E vai piorar. Palmas para o eleitor. Lamentável.