Depois de sangue e médicos, ditadura cubana quer lucrar com barriga de aluguel
Com a economia destruída após seis décadas de políticas socialistas, a ditadura cubana precisa encontrar maneiras de receber o dinheiro de outros países em moeda forte explorando aquilo que ela consegue produzir: a própria população. Neste domingo, 25, o regime realizou um referendo para aprovar um Código das Famílias. Em uma votação totalmente controlada, a...
Com a economia destruída após seis décadas de políticas socialistas, a ditadura cubana precisa encontrar maneiras de receber o dinheiro de outros países em moeda forte explorando aquilo que ela consegue produzir: a própria população.
Neste domingo, 25, o regime realizou um referendo para aprovar um Código das Famílias. Em uma votação totalmente controlada, a ditadura ainda comandada por Raúl Castro (na foto, votando no referendo), mas oficialmente dirigida por Miguel Díaz-Canel, anunciou que 67% da população disse sim ao texto. Entre outros temas, o governo autorizou a barriga de aluguel.
Em breve, mulheres cubanas estarão aptas a engravidar de bebês de outras mães. A prática tem sido amplamente apoiada pela imprensa estatal, que se refere ao tema como "gestação solidária". A lei proíbe "qualquer tipo de remuneração ou presente para a gestante do futuro bebê". Só será permitido que a família beneficiada ajude a custear a alimentação, o transporte, as consultas médicas e outros gastos da gravidez ou do parto. Poderão fazer uso da barriga de aluguel mulheres com patologias médicas que impeçam a gestação, pessoas estéreis, homens ou casais de homens.
A população cubana, portanto, não vai ganhar quase nada, além de comida. Como os cubanos são pobres, os maiores interessados nesse tipo de coisa provavelmente estão no exterior. E quem vai lucrar com isso é o governo, que sempre atua como o intermediário nas transações. O projeto de lei afirma que a barriga de aluguel só será permitida com autorização judicial. Não há no texto qualquer impedimento a pessoas de outros países.
"Tudo pode acontecer. De um lado, o regime nunca duvidou em obter dinheiro a qualquer custo. Do outro, as pessoas estão desesperadas e também vão aceitar qualquer coisa para melhorar de vida", diz o engenheiro de informática cubano Lidier Hernández Sotolongo, ativista de direitos humanos que vive exilado no Uruguai.
Outros casos em que Cuba também usa a população para ganhar dinheiro do exterior são a exportação de bolsas de sangue humano e as missões de médicos, como o Mais Médicos que foi costurado com o governo da petista Dilma Rousseff.
No caso da barriga de aluguel, dois fatores tornam a prática mais preocupante e desumana.
O primeiro é que, em Cuba, não há nenhuma lei que possa garantir os direitos das mães de aluguel e todos os advogados são do próprio governo.
"Em outros países que autorizam a barriga de aluguel, há várias normas para evitar que as mulheres sejam exploradas. Mas, em Cuba, o Estado controla tudo, então eles poderão fazer o que quiserem. Não haverá garantias para mães de aluguel, nem para aquelas que geram os próprios filhos", diz o cubano Liodanys Ramirez Canizarez, presidente da Associação de Cubanos Livres, ACL.
Comercializar as próprias crianças, aliás, não é algo tão distante. "Em Cuba, o desespero para melhorar de vida ou deixar o país é tão grande é tão grande que muitas pessoas estão vendendo os próprios órgãos. Daí para começar a vender os filhos não falta muito", diz a jornalista cubana Maria Matienzo, que está em Buenos Aires, convidada pela ONG Cadal.
O segundo fator de preocupação é que o Código de Famílias substitui o conceito de "patria potestad" pelo de "responsabilidade parental". Com isso, se o regime considerar que os pais de uma criança "observam uma conduta viciosa, corrupta ou delitiva", poderia retirar a guarda das crianças.
"Este Código das Famílias é muito grave. Um simples relatório dizendo que os pais não se ajustam à Revolução basta para tirar os filhos dos pais. É uma maneira de aumentar ainda mais o controle que o regime exerce sobre o povo", diz o advogado espanhol Javier Larrondo, da ONG Prisoners Defenders, em Madri.
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Comentários (7)
Marcia
2022-09-27 16:18:42Que seja dada a liberdade de escolherem o que querem para si tudo bem, agora quando "el gobierno" quer tirar proveitos econômicos com essas "liberdades", daí já é bom lembra que comunismo e ditadura são a mesma coisa: controle total do Estado.
Joao AF Pessoa
2022-09-27 11:32:52E é Exatamente isso que Socialistas Tupiniquins almejam : Reduzir o Brasileiro á um Boi ou Vaca 😅. Mas "Defendendo a Democracia".....😂
JULIANA
2022-09-26 20:17:03Perversidade que não tem limites... Que triste.
Odete6
2022-09-26 20:02:32São os literais sangue-sugas definitivamente institucionalizados!!! Que coisa pavorosa!!!!
Iara Belli Passos
2022-09-26 18:21:35A responsabilidade deve ser repartida com os que usam esse tipo de servicio.
Maria
2022-09-26 18:14:55Eis o que o Lula e sua corja querem para o Brasil!!!!! Vota nele povo burro e analfabeto das quatro rodas 🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🐎🐎🐎🐎
Amaury G Feitosa
2022-09-26 17:06:13Eis o que insanos querem para o Brasil.