Moraes pede relatório sobre tornozeleira após Silveira falar em 'anormalidades'
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informe, em um prazo de 48 horas, se foram identificadas "eventuais inconsistências" na tornozeleira eletrônica usada pelo deputado federal Daniel Silveira. A decisão foi publicada na tarde desta segunda-feira, 4, após a defesa do parlamentar...
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informe, em um prazo de 48 horas, se foram identificadas "eventuais inconsistências" na tornozeleira eletrônica usada pelo deputado federal Daniel Silveira.
A decisão foi publicada na tarde desta segunda-feira, 4, após a defesa do parlamentar bolsonarista afirmar que o aparelho de monitoramento apresentou "anormalidades" e "comportamentos estranhos", como ruídos e vibrações.
Silveira colocou a tornozeleira na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, na última quinta-feira. O parlamentar o fez depois de Moraes impor uma multa diária de 15 mil reais, caso a medida cautelar fosse descumprida, e indicar dia, local e hora para a afixação.
Ao apontar supostos problemas no dispositivo, a defesa de Silveira levantou uma suspeita de "manipulação" do aparelho. "As circunstâncias de sua implementação, instalação, com local e horário predeterminados pelo senhor Relator, aliados aos eventos 'estranhos' ocorridos deste à sua instalação, provocou 'DESCONFIANÇAS INCONTROLÁVEIS' a este advogado de Defesa, elevando o sinal de alerta, ante a persecução pessoal em face do monitorado e meios nada ortodoxos, ilegais e inconstitucionais para aplicação da lei penal e processual penal", diz o documento.
Daniel Silveira é réu por agredir verbalmente e ameaçar ministros do STF para favorecer interesse próprio, incitar a violência para impedir o livre exercício dos poderes Legislativo e Judiciário e estimular a animosidade entre as Forças Armadas e a Suprema Corte. A denúncia foi apresentada pela PGR a partir do inquérito que investigou a promoção e o financiamento de atos antidemocráticos.
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Comentários (7)
Waldemar
2022-04-07 00:04:49Estas alegações do advogado de Silveira são operacionalmente absurdas.Ele quer criar uma narrativa para caracterizar quebra do sigilo cliente-advogado, pois a tornozeleira estaria sendo usada para “grampear” o deputado,recebendo chamadas.Seria um big-brother do Dr.Morais para perseguir o deputado? Acredito que o ministro tenha mais o que fazer.Acho que há abusos dos dois lados neste caso lamentável.
Pronto Falei
2022-04-06 23:22:25Impressionante, processo a décadas parado no STF e este ser repugnante só tem a mesa este processo, não existe uma ordem cronológica de julgamento. A cada dia fica cristalino q este Ministro não tem a menor tino para causas jurídicas. Como disse Marco Aurélio ele se sente ainda Secretário de Segurança Pública. Que péssima escolha para o STF
Nildo Jose Formigheri
2022-04-06 08:56:37Deputado inconfiável, imaginem o Bolsonaro indicar este sujeito ao senado pelo Rio de Janeiro
Cristian
2022-04-05 14:48:57Esse "ministro" é mais uma das VERGONHAS desse País!
Eduardo
2022-04-05 09:17:21Parece que o Alexandre de Morais não abandona a condição de delegado. A única coisa importante pra ele parece ser o tal inquérito do fim do mundo, do qual ele se apossou. Ele deve ter coisas mais importantes a fazer. Ou será que ele não sabe fazer mais nada, a não ser ir à caça de quem desafia o STF? Salários altíssimos para resultados pífios.
KEDMA
2022-04-05 07:48:51“Desconfianças incontroláveis”. Faz-me rir.
Jaime
2022-04-04 20:51:00O cara incita onpovo contra as arbitrariedades no STF, é preso; solto, recebe tornozeleira. Enquanto isso, o "amigo de meu pai" tem as provas contra si anuladas, e provas contra quem ousou desafia-lo (mensagens furtadas dos Procuradores de Justiça) tornada legais embora não tenham sido autenticadas...e ninguém pode fazer nada. Será que vou bater as botas antes de assistir (e participar) da nossa guerra civil? A coisa já passou dos limites há muito tempo.