Por que a desistência de Damares de concorrer ao Senado pode ser ruim para Bolsonaro
Aliados de Jair Bolsonaro avaliam que, caso Damares Alves confirme que não pretende mais concorrer ao Senado pelo Amapá, a campanha eleitoral do presidente da República perderá um importante ativo. Pesquisas encomendadas pelo PL apontam que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos “agrega” e tem um “discurso claro, humanizado e forte”...
Aliados de Jair Bolsonaro avaliam que, caso Damares Alves confirme que não pretende mais concorrer ao Senado pelo Amapá, a campanha eleitoral do presidente da República perderá um importante ativo.
Pesquisas encomendadas pelo PL apontam que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos “agrega” e tem um “discurso claro, humanizado e forte” em defesa dos ideais e das bandeiras do Planalto.
“Quem já pensa em votar nele seguirá votando, ainda que sem a Damares. Mas ela tem o tipo de perfil que pode ganhar novos votos”, comentou um parlamentar do PL, sob reserva.
Para integrantes do PL, a ministra poderia conquistar votos entre as camadas mais humildes da população -- pesquisa do Instituto FSB encomendada pelo banco BTG Pactual e divulgada na segunda-feira, 21, diz que, na faixa da população com renda familiar de até um salário mínimo, 58% dos entrevistados pretendem votar em Lula, enquanto somente 15% declaram apoio a Bolsonaro.
Além disso, Damares tem forte penetração entre o segmento evangélico, sobretudo por ser pastora. No Amapá, por exemplo, o número de fiéis é superior a 187 mil e corresponde a 28% da população, o que significa que a cada 10 amapaenses 3 são evangélicos.
A intenção de Damares de não entrar na disputa eleitoral já foi comunicada a aliados. A Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, ela teria garantido que não será candidata. Aliados de Bolsonaro, no entanto, acreditam que ele ainda pode convencê-la a concorrer ao Senado. Procurada por Crusoé, a ministra disse, por intermédio de sua assessoria, que a decisão será comunicada nos próximos dias, após encontro com o presidente.
Se mudar de ideia e decidir entrar na disputa, Damares precisa se desincompatibilizar do cargo até 2 de abril. No Amapá, ela teria como principal adversário político Davi Alcolumbre, que caiu em desgraça entre evangélicos por segurar na CCJ do Senado a análise da indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal.
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Comentários (3)
Luiz Augusto
2022-03-22 20:59:20esta pesquisa que informa que a Ministra da Arvore de Jesus agrega deve ser considerada uma boa piada para hoje..... alem de incapaz este senhora é nitidamente uma "puleiro" de eleição....
Amaury GF
2022-03-22 10:43:17o centro do poder seria o Senado e não o é pela covardia omissão e submissão deste Pacheco frouxo à corte ditadora a tutelar o patropi pelo terror de mais de 150 processos contra parlamentares por lá ... por isto o governo quer fortalecer o Senado que finalmente exerceria seu nobre papel em vez de arriar os rabos (cauda) a quem pode ser seu carrasco e de quebra se não eleito pode controlar o ladrão mor se o povo resolver fazer haraquiri nas urnas "indevassáveis" do dr. Verboso seu direito.
Francisco
2022-03-22 08:58:39Damares, candidata pelo Amapá, pegaria uma surra nas urnas. governador, prefeitos e deputados, todos apoiam o Alcolumbre. O último paraquedista que teve por aqui foi Sarney