China tenta assumir protagonismo em conversas para cessar-fogo
Após adotar uma postura mais cautelosa logo no início da invasão da Ucrânia pela Rússia, para não se indispor com o presidente Vladimir Putin, a China tenta agora assumir um protagonismo nas negociações para um eventual cessar-fogo no leste europeu. Nesta terça-feira, 1, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, telefonou para o ministro...
Após adotar uma postura mais cautelosa logo no início da invasão da Ucrânia pela Rússia, para não se indispor com o presidente Vladimir Putin, a China tenta agora assumir um protagonismo nas negociações para um eventual cessar-fogo no leste europeu.
Nesta terça-feira, 1, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, telefonou para o ministro ucraniano Dmytro Kuleba e defendeu uma resolução do conflito por meio de negociação, segundo informaram a imprensa estatal chinesa e o governo da Ucrânia.
Essa foi a primeira ligação entre os representantes dos dois países desde o início da guerra na Ucrânia há seis dias, e expôs o esforço do governo de Xi Jinping (foto) para que a atuação diplomática mais neutra no conflito não seja vista como endosso aos ataques russos.
Segundo a emissora chinesa CCTV, Wang Yi disse a Kuleba que Pequim "lamenta profundamente este conflito que eclodiu entre Ucrânia e Rússia e presta extrema atenção à dor sofrida pelos civis". O chanceler chinês pediu ainda para que os dois países "encontrem uma forma de resolver o problema mediante negociações".
Mensagem semelhante foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Segundo ele, os chineses estão "prontos para buscar uma solução pacífica” em negociações diplomáticas para encerrar a guerra.
Desde o início da invasão da Ucrânia, a China tem evitado culpar a Rússia pela guerra. O governo de Xi Jinping não usou o termo "invasão" em nenhum momento e chegou a insinuar que os Estados Unidos estariam alimentando o conflito por causa do avanço militar da Otan na região.
Agora, diante da escala da guerra, com bombardeios das tropas russas às duas maiores cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, e da união dos países europeus contra Putin, a China decidiu dar um passo além do reconhecimento retórico da soberania da Ucrânia e iniciar um diálogo com os dois lados.
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Comentários (6)
MARCIO
2022-03-02 12:45:18Nem a China quer estar com Putin, mas Nero quer
PAULO
2022-03-01 22:36:43Putin tem total poder na Rússia. E fica claro que é um misantropo. Acho que o mundo precisa mais do que nunca, combater esse tipo de situação, onde ditadores tem poder absoluto. E se o Putin tiver com uma doença terminal, e com isso resolve acabar com o planeta Terra? Quem poderá parar um déspota com esse poder, já que tem os meios para isso, ou seja, milhares de ogivas atômicas? A Guerra do Putin, levanta questões sensíveis, que o mundo terá que equacionar.
Renata
2022-03-01 21:58:52Tudo mentira e falsidade. A China se faz de morta pra pegar o coveiro.
PAULO
2022-03-01 20:43:57Acho que está ficando cada vez mais difícil, chegar a ZAP (Zona de Acordo Possível). Putin está tranquilo no seu escritório, brincando com as vidas de ucranianos e russos, no seu Jogo de Guerra. O carniceiro coloca na mesa expectativas irracionais, o que impede qualquer avanço nas negociações. Os russos negociam nos termos: o que é meu, é meu; o que é seu é negociável. Isso é inaceitável.
Odete6
2022-03-01 20:25:43https://oglobo.globo.com/mundo/soldados-russos-estariam-se-rendendo-sem-resistencia-aos-ucranianos-diz-pentagono-25414881
Sabine Ferreira
2022-03-01 18:58:08Brasil precisa fechar o espaço aéreo para a Russia. Já era para ter feito isso.