A Venezuela e o aguardado reconhecimento de Donetsk e Luhansk como estados soberanos
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um pronunciamento na televisão defendendo a invasão da Ucrânia pela Rússia. "O presidente Putin vive denunciando isso, até no Conselho de Segurança da ONU, que pretendem cercar a Rússia, apontar todas as armas da Otan contra a Rússia, para que, no momento em que se apresentem as condições,...
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um pronunciamento na televisão defendendo a invasão da Ucrânia pela Rússia.
"O presidente Putin vive denunciando isso, até no Conselho de Segurança da ONU, que pretendem cercar a Rússia, apontar todas as armas da Otan contra a Rússia, para que, no momento em que se apresentem as condições, atacar e destruir a Rússia. E o mundo quer quer o Putin fique de braços cruzados? Que ele não faça nada em defesa do seu povo? Por isso, a Venezuela anuncia todo o seu apoio ao presidente Vladimir Putin na defesa da paz da Rússia, na defesa da paz dessa região, na defesa corajosa de seu povo e de sua pátria. Todo apoio ao presidente Putin. Todo apoio à Rússia", disse Maduro.
Logo após Putin declarar as regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk como estados soberanos e independentes, agências russas anunciaram que a Venezuela, Cuba e Síria seguiriam pelo mesmo caminho.
A Síria, comandada pelo ditador Bashar Assad, que deve a Putin sua permanência no poder, foi a primeira nação a reconhecer as duas regiões. A Venezuela pode ser a próxima da fila, mas há dúvidas.
"Há uma probabilidade grande de isso acontecer. O governo em Caracas é dependente da Rússia, isso é uma realidade", diz o coordenador do curso de relações internacionais da Universidade Central da Venezuela, Luis Daniel Álvarez.
Contudo, o assunto chegou a ser retirado da pauta da Assembleia na quinta, 24, dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia. "É possível que os chavistas estejam preocupados e tenham suspendido a decisão depois de avaliar melhor suas consequências", diz o coordenador de relações internacionais da Universidade Central da Venezuela, Luis Daniel Álvarez.
"Em primeiro lugar, a Venezuela seria vista apenas como um peão russo no mundo. Além disso, caso a guerra com a Ucrânia ganhe uma dimensão maior, a Rússia teria, por uma questão logística, de dar menos atenção para Cuba e para a Venezuela", acrescenta Álvarez.
Como regra, a diplomacia venezuelana tem se submetido à política externa russa. O país latino-americano nunca reconheceu Kosovo, o que poderia incomodar o Kremlin.
Depois que a Rússia invadiu a Geórgia em 2008, os russos reconheceram como estados soberanos duas regiões, a de Abkházia e a da Ossétia do Sul. No ano seguinte, a Venezuela reconheceu ambas.
O embaixador da Abkhásia na Venezuela é Zaur Gvadzhava (foto), um ex-treinador de boxe da União Soviética que morou em Cuba. Gvadzhava é convidado frequente em eventos oficiais na Venezuela e na Nicarágua. A Ossétia do Sul não tem representantes em Caracas, mas seu presidente esteve na última posse de Maduro.
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Comentários (5)
Jose
2022-02-27 01:29:16Bozolulistas são comunistas KGB!
Maria
2022-02-26 19:52:24MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
FERNANDO GOULART
2022-02-26 17:48:05Isso de a venezuela reconhecer a carnificina como legítima, mostra de vez que assassinos se admiram mutuamente. É bom que dirime toda e qualquer dúvida a respeito. Com a palavra a turma do nove dedos ladrão ex presidiário, lavador de dinheiro e candidato ( só no brasil mesmo) a presidente.
PAULO
2022-02-26 17:16:01A decisão do autocrata Putin, de começar uma guerra injustificável com a Ucrânia, acende o sinal de alerta no Brasil, dada o alinhamento conseguido pelo russo, com ditadores de esquerda e de direita. Mais do que nunca, fica explícito, que tanto Bolsonaro, quanto o Lula, estão em sintonia com esses regimes autoritários. Democracia é igual gravidez, não existe meia democracia. QUEREMOS UMA DEMOCRACIA PLENA. Nem Lula, nem Bolsonaro. MORO PRESIDENTE 🇧🇷
MARCIO
2022-02-26 16:16:38E ao lado da Rússia está Cuba, Venezuela, Síria, China e agora Brasil, que se "solidariza com a Rússia"