'Tirou um peso do ombro', diz aliado de Azevedo e Silva sobre desistência de assumir direção do TSE
Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, o general Fernando Azevedo e Silva está aliviado desde que desistiu de assumir a diretoria-geral do Tribunal Superior Eleitoral na quarta-feira, 16. Alegando problemas de saúde, o militar abriu mão do cargo consciente de que a decisão poderia ser explorada politicamente. E a previsão se confirmou. No Palácio do Planalto,...
Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, o general Fernando Azevedo e Silva está aliviado desde que desistiu de assumir a diretoria-geral do Tribunal Superior Eleitoral na quarta-feira, 16.
Alegando problemas de saúde, o militar abriu mão do cargo consciente de que a decisão poderia ser explorada politicamente. E a previsão se confirmou. No Palácio do Planalto, a saída do general foi comemorada, pois acredita-se que o caminho permaneceu aberto para o presidente insistir em teses infundadas sobre o sistema eleitoral, sem o constrangimento de ter um militar no comando das eleições.
“Ele tirou um peso do ombro, a família parou de aborrecer. Sabíamos que a saída dele iria reforçar esse clima de insegurança”, afirma um interlocutor do general, se referindo às falas de Jair Bolsonaro contra as urnas.
Em live no dia 10 de fevereiro, o presidente disse que o Exército havia encontrado uma série de vulnerabilidades nos equipamentos. Bolsonaro fez referência às perguntas feitas pelo representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE. As questões, porém, não fazem juízo de valor, nem apontam falhas no sistema de segurança das urnas.
Antes de abrir mão da função, Azevedo e Silva já havia iniciado um processo de imersão na corte. Passou duas semanas no TSE ouvindo secretários, participando de reuniões e ficou impressionado com a estrutura do tribunal, a capilaridade do sistema e o grau de profissionalismo dos servidores. Sob o guarda-chuva do diretor-geral, estão os setores de administração, tecnologia de informação, finanças e contabilidade. “Ele faria a execução completa da eleição. A organização interna do TSE é impressionante, ele estava animado, mas a pressão da família pesou”, afirma um militar próximo ao general.
O ex-ministro tem 68 anos e há dois anos faz tratamento para controle da pressão arterial. Recentemente, ele foi diagnosticado com um problema cardíaco. Sua família tem histórico de doenças no coração: a mãe morreu jovem, depois de um infarto fulminante. A cobrança em casa para abrir mão do posto foi intensificada depois que começou a ficar claro que Azevedo e Silva transitaria num terreno minado. Ele, então, resolveu desistir.
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Comentários (5)
Maria
2022-02-19 16:44:33MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Paulo I
2022-02-19 13:10:46"As questões(formuladas pelo Exército) não fazem juízo de valor nem apontam falhas no sistema de segurança das urnas" Pura balela. Estão pedindo as informações exatamente para fazer juízo de valor e apontar eventuais falhas. Não podiam fazer previamente e por isso formularam as perguntas(70). Esperemos a conclusão da análise.
JO EL
2022-02-19 13:05:14Com certeza este general nao eh pazuelo um fala o outro obedece, entao jamais se prestaria a so dizer amem pra BOZO e com certeza nao seguiriam juntos. So os pazuelos e interessados no gordo salario e nas benesses do cargo. Os que teem personalidade caem fora, nao se submetem e nem se humilham ao capetao. NEM PASSADO, NEM PRESENTE, MORO PRESIDENTE
Luiz Teixeira Dos Santos
2022-02-19 11:48:31Bolsonaro está tentando a qualquer custo, bagunçar tudo que é instituição.
AMAURY FEITOSA
2022-02-19 10:38:16só idiotas crêem neste papo de saúde pois um militar ao receber uma missão não questiona e a família nunca interfere .. a verdade o general sabia bem da fragilidade (isto no mínimo) do órgão e imagina (ou sabe bem) o que por lá ocorreu e o que ainda PODE OCORRER e a fala do ministro Fachin é óbvia demais .. alguém vai ter de explicar e antes de 3 de outubro POR QUE e PARA QUE hackers flanaram como quiseram no site do TSE e não há nenhum registro .. nomeiem o Zé Dirceu pro TSE de uma vez.