STF tem maioria para arquivar inquérito que mira Renan e Jader Barbalho
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou para arquivar um inquérito que mira os senadores Renan Calheiros (foto) e Jader Barbalho pelo suposto recebimento de propina em razão das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Aberto em 2016, o inquérito baseia-se em delações premiadas, como a do senador cassado Delcídio do Amaral. No...
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou para arquivar um inquérito que mira os senadores Renan Calheiros (foto) e Jader Barbalho pelo suposto recebimento de propina em razão das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Aberto em 2016, o inquérito baseia-se em delações premiadas, como a do senador cassado Delcídio do Amaral. No acordo de colaboração, o petista afirmou que construtoras pagaram 30 milhões de reais em propina para PT e MDB.
Relator do processo, o ministro Edson Fachin fez críticas à Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir o arquivamento da investigação, mas recuou e declarou que o pedido foi remetido ao Supremo por engano logo depois de Renan Calheiros apresentar o relatório da CPI da Covid, com o indiciamento de 80 pessoas.
O ministro ainda avaliou que o órgão não apresentou provas da participação dos senadores no esquema irregular. Para Fachin, não seria razoável permitir a continuidade da investigação seis anos após o início dela.
"Ainda que seja inegável o porte e a complexidade da apuração, a Procuradoria-Geral da República, de forma contraditória e sem agregar dados e elementos que consolidem a implicação do agravante [Renan Calheiros], pleiteia diligências cujas execuções retiram qualquer perspectiva de desfecho conclusivo próximo, adotando postura incompatível com o valor constitucional da duração razoável do processo”, anotou.
Gilmar Mendes acompanhou o voto do relator e apontou a "fragilidade" da delação de Delcídio. “Entendo que o plenário tem um encontro marcado com esse e outros acordos que foram celebrados em condições de legalidade duvidosa, tal como observado a partir das informações posteriormente divulgadas nos meios de comunicação. Caberá ao STF reavaliar a legalidade e a higidez desses pactos”.
Votaram pelo arquivamento, ainda, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. O julgamento segue no plenário virtual até esta sexta-feira, 11.
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Comentários (10)
Celso
2022-02-11 17:27:26Já acabaram com a estabilidade da moeda. Mataram com qualquer esperança da Justiça funcionar. Não temos esperança para oferecer aos nossos filhos e netos.
Marcia E.
2022-02-11 10:48:11O STF está tendo apenas um papel: engavetar denúncias que fazem contra ladrões claramente reconhecidos pelos brasileiros bem informados.
Felipe Kavalieris Lombardi
2022-02-11 07:21:04Cada dia que passa tenho a absoluta certeza que este é o país da impunidade.
Bartolomeu
2022-02-10 23:58:10Quantas malas serão dessa vez, no total?
Nyco
2022-02-10 23:16:34Ruinan Bit Cóio e Jader Paspalho são dois velhos assaltantes do erário público e marionetes do judiciário. Ninguém consegue colocar a mão em cima desses dois profissionais do crime.
PAULO
2022-02-10 22:27:51Para punir criminosos do colarinho branco, tem que ter culhões. Se não tiver, vai fazer vista grossa. Corruptos estão livres e prontos para roubar novamente? MORO NELES 🇧🇷
José
2022-02-10 20:33:11Interessante ver como o STF protege , ampara e recoloca os políticos de novo no caminho do uso indevido de suas funções.
Marize
2022-02-10 20:31:04Podres.... pais sem vergonha e sem justiça...
Júlio
2022-02-10 20:22:50São os principais responsáveis pela tragédia da administração pública. Estão a 30 anos acobertando e autorizando os bandidos que tomaram esse pais, a continuar praticando atos ilícitos. Será que o brasileiro tem noção do mal que essa turma nos causa? São melhores que Fernandinho beira mar? Sergio Cabral?
José Guimaraes
2022-02-10 19:38:27Que vergonha. É por isto que este país não tem possibilidade de futuro. Um grupo protege o outro..... Vergonha