PGR denuncia ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia
A Procuradoria-Geral da República denunciou o ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), pela prática do crime de homofobia. Assinada pelo número dois do órgão, Humberto Jacques, a peça foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 31. O processo tramita sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Ribeiro entrou na mira da PGR ao declarar,...
A Procuradoria-Geral da República denunciou o ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), pela prática do crime de homofobia. Assinada pelo número dois do órgão, Humberto Jacques, a peça foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 31. O processo tramita sob a relatoria do ministro Dias Toffoli.
Ribeiro entrou na mira da PGR ao declarar, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que "o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo" vem, algumas vezes, de "famílias desajustadas".
A PGR afirmou ao STF que, com a fala, Ribeiro induziu "o preconceito contra homossexuais colocando-os no campo da anormalidade". "Ao afirmar que adolescentes homossexuais procedem de famílias desajustadas, o denunciado discrimina jovens por sua orientação sexual e preconceituosamente desqualifica as famílias em que criados, afirmando serem desajustadas, isto é, fora do campo do justo curso da ordem social", completou.
O órgão lembrou que Ribeiro rejeitou uma oferta de acordo de não-persecução penal, que permite o pagamento de uma multa em troca da extinção da punibilidade. Esse tipo de acerto alcança crimes realizados sem violência e cujas penas mínimas sejam inferiores a quatro anos.
O ministro chegou a ser ouvido pela Polícia Federal antes da apresentação da denúncia. Em março de 2021, desculpou-se e negou a existência de teor discriminatório em suas falas. No depoimento, Ribeiro acrescentou que “na sua percepção a família dos gays são famílias como a sua”.
“Perguntado se acredita que família de homossexuais são ‘desajustadas’ disse que não, que a sua prática é diferente desse discurso, que acolhe as famílias, são famílias como a sua; que, perguntado se entende que com suas declarações ofendeu valores, insultou, ofendeu ou estimulou à intolerância e ao ódio público contra os integrantes da comunidade que, afirma que não quis ofender ou discriminar, que essa não foi sua intenção”.
O Supremo permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia em 2019. As práticas foram enquadradas na lei dos crimes de racismo até que o Congresso Nacional aprove uma legislação sobre o tema.
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Comentários (7)
Maria
2022-02-01 09:13:55MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Igor
2022-01-31 21:27:23É só chamar o Ibama.
KEDMA
2022-01-31 21:13:30Correto. Precisa ser denunciado mesmo.
Globolixo
2022-01-31 19:25:05Se mais blá,blá,blá! Revistinha ridícula!
PAULO
2022-01-31 19:21:39Um ministro da educação deve ser plural. Jamais pode ser um pastor ministro. MORO PRESIDENTE 🇧🇷
Maria
2022-01-31 17:43:03Bem feito! Um preconceituoso… Deveria se envergonhar.
Jose
2022-01-31 17:41:18Isso ano e correto. Bozistas não são homofóbicos. De outra forma eles nunca teriam como líder a noivinha do Aristides! A PGR está errada!