Rússia manda soldados para reprimir protestos no Cazaquistão
Soldados russos foram enviados nesta quinta, 6, para o Cazaquistão para ajudar o presidente Kassym-Jomart Tokayev, aliado do presidente russo Vladimir Putin (foto). Mais de 2 mil pessoas foram presas e fala-se em dezenas de mortos. A internet do país foi bloqueada. Os protestos começaram após um aumento no preço dos combustíveis. Os manifestantes gritaram...
Soldados russos foram enviados nesta quinta, 6, para o Cazaquistão para ajudar o presidente Kassym-Jomart Tokayev, aliado do presidente russo Vladimir Putin (foto). Mais de 2 mil pessoas foram presas e fala-se em dezenas de mortos. A internet do país foi bloqueada.
Os protestos começaram após um aumento no preço dos combustíveis. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o atual governo e contra o ex-presidente Nursultan Nazarbayev, que renunciou em 2019 após três décadas no poder. Contudo, Nazarbayev seguia mantendo influência e ocupava o cargo de chefe do Conselho Nacional de Segurança. Nos últimos dias, uma estátua de Nazarbayev foi derrubada. Os manifestantes também tentaram entrar em prédios do governo e em delegacias de polícia.
Agentes de segurança atiraram contra a população. Todos os ministros do governo renunciaram. Para tentar conter a violência, Tokayev anunciou uma redução no preço do gás liquefeito, que movimenta a maior parte da frota de veículos. Ele declarou um estado de emergência de duas semanas e removeu o ex-presidente Nazarbayev do Conselho Nacional de Segurança.
Pacto militar
Rússia e Cazaquistão integram uma aliança militar, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que foi assinada após o fim da União Soviética. A aliança, que também engloba Belarus, Armênia, Tajiquistão e Quirguistão, estabelece o envio de "tropas de paz" para ajudar um membro em perigo. Esta foi a primeira vez que o tratado foi usado.
Os confrontos no Cazaquistão devem testar a capacidade russa de intervir nos países que antes faziam parte da União Soviética e são considerados pelo presidente russo Vladimir Putin como parte de sua atual zona de influência. Em 2020, Putin prometeu ajuda ao presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, após uma onda de protestos. No ano passado, a Rússia ameaçou iniciar uma invasão militar na Ucrânia e enviou mais de 90 mil soldados para a fronteira.
"Este não é um momento muito oportuno para Putin, porque o envio de tropas russas ao Cazaquistão pode atrapalhar as negociações marcadas para os próximos dias com os Estados Unidos e países europeus para resolver a tensão na fronteira com a Ucrânia", diz o analista Andrés Serbin, da consultoria Cries, em Buenos Aires.
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Comentários (2)
Fnc
2022-01-06 14:20:31Parabéns. Tem que queimar mesmo. Aqui no Brasil vamos fazer carvão de petistas parasitas.
Jose
2022-01-06 11:53:00Vamos mandar a família Bozo para a frente de combate contra os vermelhos. Será que eles conseguem durar um dia? Ou logo terão entupimento?