Jefferson perde salário de R$ 23 mil com afastamento do comando do PTB

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira, 10, o afastamento de Roberto Jefferson (foto) da presidência do PTB por pelo menos seis meses.

Com a decisão, o político que está preso desde agosto, acusado de integrar milícias digitais que promovem ataques às instituições, deixará de receber salário de 23,2 mil reais como dirigente do partido.

O pedido de afastamento foi feito por parlamentares e membros do diretório nacional do PTB em outubro. Ao deferir o pleito, Moraes afirmou que a manutenção de Jefferson no comando do partido "poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal”.

O ministro destacou ainda a "existência de fortes indícios de que a estrutura do PTB, inclusive os recursos oriundos do fundo partidário, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas".

Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Jefferson se sentiu abandonado pelo clã presidencial e escreveu uma carta de dentro do presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, no fim de outubro, criticando a aliança do chefe do Planalto com líderes do Centrão, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP, e Valdemar Costa Neto, do PL, partido ao qual Bolsonaro se filiará.