EUA colocam empresa do software Pegasus em lista negra
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos incluiu nesta quarta, 3, a empresa israelense NSO Group, que vende o software de espionagem Pegasus, em uma lista negra, alegando "envolvimento em atividades contrárias aos interesses de segurança nacional e de política externa dos Estados Unidos". O NSO Group e outra empresa israelense, a Candiru, foram adicionadas...
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos incluiu nesta quarta, 3, a empresa israelense NSO Group, que vende o software de espionagem Pegasus, em uma lista negra, alegando "envolvimento em atividades contrárias aos interesses de segurança nacional e de política externa dos Estados Unidos".
O NSO Group e outra empresa israelense, a Candiru, foram adicionadas à lista porque "desenvolveram e forneceram spyware a governos estrangeiros que usaram essas ferramentas para atingir maliciosamente funcionários do governo, jornalistas, empresários, ativistas, acadêmicos e funcionários de embaixadas. Essas ferramentas também permitiram que governos estrangeiros praticassem repressão transnacional, que é quando governos autoritários alcançam dissidentes, jornalistas e ativistas fora de suas fronteiras soberanas para silenciá-los", diz o texto do Departamento de Comércio.
Com a inclusão na lista, o NSO Group não poderá importar hardware e software de empresas americanas. O NSO Group lamentou a decisão e disse que tentará revertê-la. "Nossas tecnologias apoiam os interesses e políticas de segurança nacional dos Estados Unidos, ao prevenir o terrorismo e o crime, e, portanto, defenderemos que essa decisão seja revertida”, afirmou a empresa em um comunicado.
Em julho deste ano, uma lista com 50 mil supostos alvos do Pegasus foi divulgada pela ONG francesa Forbidden Stories e pela Anistia Internacional. O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil esteve perto de comprar o programa, que permite acessar aparelhos de celular sem que o usuário faça qualquer comando. O vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente Jair Bolsonaro, participou de negociações para que o NSO Group fosse incluído em um pregão do Ministério.
O comunicado do Departamento de Comércio dos EUA diz que a medida é parte dos "esforços do governo de Joe Biden e Kamala Harris (foto) de colocar os direitos humanos no centro da política externa americana, incluindo o trabalho para conter a proliferação de ferramentas digitais usadas para a repressão".
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Comentários (5)
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-11-04 17:16:35não há sigilo de nada na Internet . só idiotas ignoram isto . sentamos lenha no poder pôdre mas ele sabe e nada pode fazer.
Scully
2021-11-04 13:43:44Lista "Negra""???? Ai Crusoé...
Nei
2021-11-04 08:10:34"Quem não deve, não teme" o provérbio é bem antigo ! Em caso pessoal podem procurar à vontade, em qq lugar. Se eu detivesse algum tipo de segredo, jamais colocaria na Web ou falaria no celular com alguém sobre o assunto. Não entendo o motivo de tanta preocupação ... (sei que a gasolina vai subir em breve, mas fica só aqui entre nós).
Ana
2021-11-03 23:41:59Os EUA agiram corretamente.Eu , como profissional da área, apoio a atitude, pela segurança nacional em termos de soft e hardware.
PAULO
2021-11-03 20:31:09Não é difícil de imaginar o que o Carluxo pretendia com este software espião. A decisão do Binden é acertada. Um empresa portadora dessa tecnologia, tem que ter responsabilidade ao vendê-la. O imbecil do Bolsonaro acha que a vacina tem chip. Com esse software, o Carluxo entraria em qualquer celular sem precisar de nenhuma ação do alvo. Seria a vacina bolsonarista para destruir todos os seus opositores. "Um Brasil justo para todos." Mor🇧🇷 Presidente.