Apoio a Kristalina Georgieva afeta credibilidade dos dados do FMI sobre a China
O Fundo Monetário Internacional, FMI, divulgou nesta segunda, 11, uma nota de apoio à diretora-geral Kristalina Georgieva (foto). Em setembro, ela foi acusada de ter cedido às pressões da China para o país obter uma melhor colocação no ranking Doing Business, de 2018. Nessa época, Georgieva era diretora-geral do Banco Mundial. Em sua nota oficial,...
O Fundo Monetário Internacional, FMI, divulgou nesta segunda, 11, uma nota de apoio à diretora-geral Kristalina Georgieva (foto). Em setembro, ela foi acusada de ter cedido às pressões da China para o país obter uma melhor colocação no ranking Doing Business, de 2018. Nessa época, Georgieva era diretora-geral do Banco Mundial.
Em sua nota oficial, o FMI afirmou ter realizado oito reuniões para tratar do assunto. O Conselho de Administração da instituição também disse ter realizado duas longas conversas com os representantes do escritório de advocacia WilmerHale, que publicou um relatório com a acusação contra Georgieva.
"Depois de examinar todas as evidências apresentadas, o Conselho de Administração reafirma sua plena confiança na liderança e capacidade da diretora-geral para continuar a exercer suas funções com eficácia", diz a nota do FMI.
Apesar de Georgieva ter se mantido no cargo, a credibilidade do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial foram afetadas. Suspeitas sobre interferências políticas em relatórios e estatísticas — especialmente em assuntos relacionados à China — deverão ficar mais frequentes.
Em meados de setembro, o Banco Mundial anunciou que não publicará mais o relatório anual Doing Business, que avaliava as condições para fazer negócios em vários países. A primeira frase da declaração dizia que "confiança na pesquisa do Banco Mundial é vital".
Mas o FMI preferiu evitar mudanças. Nos Estados Unidos, congressistas democratas e republicanos tinham pedido em setembro que o presidente americano Joe Biden e o Departamento do Tesouro realizassem uma investigação sobre o que ocorreu. Após o anúncio do FMI de que a diretora será mantida no cargo, deputados e senadores republicanos criticaram o que consideraram uma inação do governo Biden.
“Essa decisão tem reflexos terríveis na liderança dos Estados Unidos no FMI. Republicanos e democratas no Congresso ficaram alarmados com a investigação das ações de Georgieva. É chocante que o governo tenha ignorado essas preocupações bipartidárias e tenha cedido à pressão de outros países que querem varrer esse escândalo para baixo do tapete. Essa inação põe em questão o apoio do governo Biden à integridade nas instituições multilaterais e afetará as deliberações do Congresso sobre o FMI nos próximos anos”, disse o republicano Patrick McHenry, do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes
"A continuação do mandato da diretora Georgieva no FMI enfraquece a credibilidade da instituição e fará com que cada decisão futura seja envolta em uma nuvem de incerteza e ceticismo", afirmou em nota o deputado republicano French Hill, do Arkansas.
Nesta terça, 12, o FMI reduziu levemente sua expectativa para o crescimento da economia mundial este ano de 6% para 5,9%. A previsão de aumento para o PIB americano em 2021 é de 6% e para o chinês, 8%.
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Comentários (1)
Inês
2021-10-12 23:03:07O leão da América do norte está rugindo mundialmente igual a um gatinho, graças as grandes minorias internas com ideário socialista. Nesse jogo a China comunista democrática está vencendo todas as etapas no mundo, principalmente, nas terras tupiniquim, tudo está sendo comprado a preço de banana até os políticos ineptos patrimonialistas. Acorda Brasil.