Fakhoury admite ter bancado material de campanha de Bolsonaro sem declarar ao TSE
O empresário Otávio Fakhoury (foto) admitiu nesta quinta-feira, 30, que financiou material de divulgação da candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018 sem declarar os repasses ao Tribunal Superior Eleitoral. O bolsonarista buscou justificar a omissão. Fakhoury afirmou que pagou panfletos e adesivos usados por populares que não estavam ligados oficialmente à campanha do presidente...
O empresário Otávio Fakhoury (foto) admitiu nesta quinta-feira, 30, que financiou material de divulgação da candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018 sem declarar os repasses ao Tribunal Superior Eleitoral.
O bolsonarista buscou justificar a omissão. Fakhoury afirmou que pagou panfletos e adesivos usados por populares que não estavam ligados oficialmente à campanha do presidente da República. Assim, em sua concepção, não havia necessidade da informação do caso à Justiça Eleitoral.
Os repasses de 50 mil reais foram identificados pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apurou o financiamento e a promoção de atos antidemocráticos. Por meio da quebra dos sigilos bancário e fiscal de Fakhoury, a CPI confirmou a informação.
"As pessoas, por livre e espontânea vontade, imprimiam seu material, saíam às ruas", disse. "Esse valor que foi relatado no inquérito é um valor de ajuda que fiz para grupos que nada têm a ver com a campanha, que estavam imprimindo seu próprio material. Grupos em estados no Nordeste, que estavam imprimindo material para distribuir na rua, como o Brasil inteiro fez. Não tinha nada a ver com a campanha. Nunca fui solicitado por ninguém da campanha ajuda para nenhum material", completou.
O relator da CPI, Renan Calheiros, afirmou que, ainda que indiretamente, o investimento do empresário financiou a campanha de Bolsonaro. Foi então que o advogado de Fakhoury o interrompeu: "Essas são conclusões que o senhor está tirando. O senhor tem que fazer as conclusões, data venia, no seu relatório e, não, aqui".
Em meio ao tumulto, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, suspendeu a sessão por cinco minutos. Na retomada da oitiva, questionado por Renan, o empresário confirmou também que financiou atos pró-Bolsonaro em 2019.
"Em 2019, nós ajudamos, sim, grupos que foram na Paulista para apoiar a reforma da Previdência, o governo Bolsonaro e outras pautas que, naquele momento, estavam sendo discutidas".
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Comentários (4)
Francisca
2021-09-30 21:42:15Quanto ilegalidade e impunidade.
Fernando Raupp Rosa
2021-09-30 18:47:34Eu gastei um fósforo para queimar uma bandeira vermelha do PT, será que deveria ter declarado também esse gasto no tribunal?
Paulo
2021-09-30 18:07:10Evidente que isto aconteceu com muita gente de todos partidos. Eu por exemplo recebi um adesivo numa sinaleira. Como desgrudou , comprei um pouco de cola e coloquei o adesivo. Não sei se está despesa teria de ser declarada.
MARCOS
2021-09-30 13:11:53PUTZ. ESTÁ TUDO DOMINADO.