Ministro da CGU é acusado de prevaricação e deve ser convocado a depor na CPI
Senadores da cúpula da CPI da Covid acusaram Wagner Rosário (foto) de prevaricação durante a sessão desta quarta-feira, 15, e anteciparam que vão convocá-lo a depor nos próximos dias. O presidente da comissão, Omar Aziz, defendeu que o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União seja indiciado no relatório final do colegiado. Os parlamentares entendem que Wagner Rosário...
Senadores da cúpula da CPI da Covid acusaram Wagner Rosário (foto) de prevaricação durante a sessão desta quarta-feira, 15, e anteciparam que vão convocá-lo a depor nos próximos dias. O presidente da comissão, Omar Aziz, defendeu que o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União seja indiciado no relatório final do colegiado.
Os parlamentares entendem que Wagner Rosário foi omisso porque a CGU tem, desde outubro de 2020, informações que implicam Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. Ele, porém, foi demitido somente em junho deste ano, após o policial militar e representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti, acusá-lo, em público, de pedir propina na negociação de vacinas.
Os dados que comprometem Dias foram coletados pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal no Pará e pela CGU no âmbito da Operação Faroeste, deflagrada no ano passado para investigar um grupo responsável pelo desvio de recursos públicos do Instituto Evandro Chagas.
Quebras de sigilo de Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, indicam uma interlocução com Dias em esquemas irregulares. Alertado sobre a ciência de Wagner Rosário sobre o caso, Aziz chamou o ministro de "prevaricador".
"Tem que vir mesmo aqui. Como ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providências? Ele tem que explicar não as operações que fez, mas a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida. Ele vai jogar aqui no nosso campo", disparou o presidente da CPI. O relator, Renan Calheiros, fez coro às críticas. "Essa omissão é imperdoável".
A convocação de Wagner Rosário foi aprovada pela comissão em junho a partir de um requerimento do governista Eduardo Girão. Em princípio, a ideia era que o ministro-chefe da CGU falasse sobre as operações que identificaram esquemas de corrupção em estados e municípios, para centrar os holofotes em governadores e prefeitos.
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Comentários (1)
MARCOS
2021-09-15 16:48:51nada disso vai a frente. vai virar uma grande pizza.